“Estou pensando mesmo de entrar no negócio, embora suspeite que haveria um monte de estresse com os federais mudando as regras o tempo todo", disse (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 15 de junho de 2012 às 12h28.
São Paulo - Oliver Stone venceu três prêmios Oscar, mas não sossega nunca. Crítico feroz do intervencionismo norte-americano, fez um tour pela América Latina para conhecer de perto o que acontecia ao sul da fronteira de seu país. Veio ouvir o que Hugo Chávez, Evo Morales, Cristina Kirchner e, claro, Lula tinham para dizer pessoalmente.
Tudo isso depois de ter filmado dois dos retratos mais cruéis das consequências da guerra na mente e nos corpos dos soldados com os premiados Nascido em 4 de Julho e Platoon.
Prestes a lançar um novo filme, Stone tem também uma nova bandeira para levantar: a do fim da guerra global contra as drogas. Como? Mostrando sua apreciação pela maconha na capa da High Times, publicação especializada no tema.
“Quando pessoas de renome como Oliver Stone falam – e fumam – de forma pública, eles expõem mais a fenda na armadura de idiotice que protege o status quo”, comenta Chris Simunek, editor-chefe da revista.
Stone, como de costume, vai fundo na ferida e sugere que ele mesmo poderia iniciar o cultivo da maconha. “Estou pensando mesmo de entrar no negócio, embora suspeite que haveria um monte de estresse com os federais mudando as regras o tempo todo. Aqueles malditos”. O cineasta envelheceu, mas continua aberto aos debates. Todos eles.