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Brasil estreia nas Olimpíadas com goleada da seleção feminina de futebol

Lideradas por Marta, brasileiras vencem a partida por 5x0

Seleção feminina de futebol inaugura participação do Brasil em Tóquio (Sam Robles/CBF/Divulgação)

Seleção feminina de futebol inaugura participação do Brasil em Tóquio (Sam Robles/CBF/Divulgação)

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Agência Brasil

Publicado em 21 de julho de 2021 às 06h24.

Última atualização em 21 de julho de 2021 às 08h01.

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A seleção feminina de futebol abriu nesta quarta-feira (21), às 5h (horário de Brasília), a participação do esporte brasileiro na Olimpíada de Tóquio (Japão). A estreia foi contra a China no estádio Miyagi, em Rifu (cidade a cerca de 380 quilômetros da capital japonesa), na estreia pela fase de grupos da modalidade. Com dois gols de Marta, o Brasil venceu a partida por 5x0.

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O Brasil está no Grupo F, onde ainda estão Holanda e Zâmbia. O duelo com europeias será neste sábado (24), às 8h, também em Rifu. Já o confronto diante das africanas será na terça-feira que vem (27), às 8h30, no estádio de Saitama (a 27 km de Tóquio).

Marta se tornou a primeira jogadora de futebol da história a marcar em cinco edições seguidas dos Jogos Olímpicos. Considerada a maior jogadora de futebol de todos os tempos, tendo sido eleita cinco vezes a melhor do mundo, marcou seu primeiro gol em uma Olimpíada em Atenas 2004 e, após os gols desta quarta, tem 12 anotados em Olimpíadas.

A jogadora de 35 anos abriu o placar na partida válida pelo Grupo F do torneio olímpico de futebol feminino aos nove minutos de jogo ao entrar na área e aproveitar um rebote. Debinha fez 2 x 0 para o Brasil aos 22 minutos.

Marta fez o terceiro da seleção de um ângulo improvável aos 29 minutos do segundo tempo, antes da atacante Andressa converter pênalti aos 37 minutos. Beatriz fechou a goleada aos 44 do segundo tempo depois de finalizar de primeira após cruzamento.

A meio-campista Formiga, de 43 anos, também colocou seu nome na História como a primeira jogadora de futebol a participar de sete edições de Jogos Olímpicos.

Seleção feminina

As brasileiras buscam a terceira medalha olímpica na história do futebol feminino. As duas anteriores foram de prata. A primeira em 2004, nos Jogos de Atenas (Grécia). A segunda quatro anos depois, em Pequim (China). Do atual elenco, duas atletas estiveram presentes nas conquistas: a volante Formiga, que disputará a sétima Olimpíada da carreira; e a meia-atacante Marta, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo e que defenderá o país pela quinta vez no evento.

"É uma grande alegria poder estar aqui, na expectativa de poder vivenciar ativamente mais uma Olimpíada. Essa edição é especial não somente pelo momento que vivemos, mas porque é um objetivo que a gente vem buscando há bastante tempo. Uma atleta de alto nível sempre vai pensar em jogar as grandes competições e trabalhar constantemente para estar preparada quando a oportunidade chegar", disse Marta, em entrevista coletiva nesta terça-feira (20).

Nas duas finais olímpicas em que o Brasil foi superado, o adversário foi o mesmo: os Estados Unidos. Na decisão de 2008, curiosamente, a técnica rival era justamente Pia Sundhage, atual comandante da seleção brasileira.

"Acho que cuidamos de nossas prioridades nesses dois anos de trabalho. Acredito que nossa defesa, que já era boa, é mais sólida atualmente e que nosso ataque é um pouco mais organizado, o que significa que todo o time quer estar na mesma página. Mas eu nunca tiraria o samba, o estilo brasileiro com o qual elas me surpreenderam, porque eu amo isso. E acho que essa mistura, espero, vai nos fazer ir longe nessa Olimpíada", afirmou Pia, que não confirmou a escalação que levará a campo nesta quarta.

A julgar pelos últimos compromissos da seleção brasileira, as dúvidas do provável time estão na lateral direita e no meio-campo. Apesar de ter uma jogadora de ofício para o lado direito da defesa (Letícia Santos) no elenco, Pia atuou várias com uma zagueira no setor (normalmente Bruna Benites), para dar maior liberdade aos avanços de Tamires na esquerda. Outra opção seria Poliana, que joga como zagueira no Corinthians, mas foi lateral por muitos anos no São José e no próprio escrete canarinho. Mais a frente, sem a titular habitual (Luana, que está contundida e não pode ser convocada), a técnica pode escolher entre Júlia Bianchi e Andressinha.

O Brasil deve enfrentar as chinesas com Bárbara; Bruna Benites (Letícia Santos ou Poliana); Érika, Rafaelle e Tamires; Formiga, Andressinha (Júlia Bianchi) e Marta; Debinha, Bia Zaneratto e Ludmilla.

É a terceira vez que brasileiras e asiáticas estarão frente a frente em uma Olimpíada. Na semifinal dos Jogos de Atlanta (EUA), em 1996, a China venceu por 3 a 2. O troco veio há cinco anos, no Rio de Janeiro, com triunfo canarinho por 3 a 0. A meia-atacante Andressa Alves, uma das convocadas de Pia, fez um dos gols da seleção nacional na ocasião. Por coincidência, o duelo marcou a estreia da seleção feminina no evento em solo carioca.

O histórico brasileiro em estreias olímpicas, aliás, é positivo: quatro vitórias e dois empates. São 13 gols marcados e apenas dois sofridos (ambos no 2 a 2 com a Noruega, na primeira rodada dos Jogos de Atlanta).

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