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Olimpíada de Inverno pode não ter público, diz diretor do COI

O início dos Jogos de Inverno está previsto para fevereiro de 2022. Por enquanto, as fronteiras da China estão fechadas para turistas internacionais

Investidores estão fugindo da China. E isso poderia beneficiar o Brasil (Thomas Peter/Reuters)

Investidores estão fugindo da China. E isso poderia beneficiar o Brasil (Thomas Peter/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 12h37.

A Olimpíada de Inverno de 2022 em Pequim poderia ser realizada sem espectadores, disse o diretor executivo do Comitê Olímpico Internacional, Christophe Dubi, em entrevista à Bloomberg TV.

“Vamos ver como a pandemia evolui ao redor do mundo e especialmente na China, e depois veremos as consequências da participação para espectadores”, disse na quinta-feira. “Ouvimos vários atletas dizerem: ‘O que importa é que possamos competir, e nos acostumamos a participar mesmo sem espectadores’. Mas, se tivermos escolha, preferimos ter espectadores.”

Organizadores dos Jogos Olímpicos de 2022 em Pequim não disseram nada sobre permitir a participação de espectadores estrangeiros ou nacionais, e as entradas ainda não estão à venda.

Depois do atraso de um ano, os organizadores da Olimpíada de Tóquio de 2020 proibiram a participação da maior parte dos espectadores nos eventos como forma de limitar os contágios por Covid-19 no Japão.

O início dos Jogos de Inverno está previsto para fevereiro. Por enquanto, as fronteiras da China estão fechadas para turistas internacionais na maioria das circunstâncias, e o país agora enfrenta um surto de Covid-19 com centenas de casos em 15 províncias.

A situação na China, tanto em relação à Covid quanto às Olimpíadas, evolui rapidamente. Há duas semanas, o chefe da Comissão de Coordenação do COI havia dito à Reuters que os Jogos de Inverno de 2022 precisam de espectadores para serem bem-sucedidos, dizendo: “Gostaríamos de ter a comunidade internacional lá.”

Na entrevista à BTV, Dubi também abordou a questão dos protestos políticos dos atletas na Olimpíada de Tóquio, resultado de uma regra do COI recentemente relaxada. As mesmas diretrizes e liberdades serão aplicadas em Pequim, disse.

“Temos uma Carta Olímpica e um contrato com a cidade-sede que estabelecem as condições de participação, e tudo o que está na Carta será respeitado, garanto isso”, afirmou. “Na China, as condições estabelecidas pelo COI serão respeitadas, sem dúvida.”

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