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Obras de Lucian Freud estão expostas no MASP até outubro

Figurativista, dramática e sombria, arte de Lucian Freud chega a São Paulo em exposição inédita, que traz gravuras, pinturas e fotos de bastidores.


	Lucian Freud: Corpos e Rostos perpassa as mudanças estilísticas do autor, com obras tanto do início de sua trajetória, em 1940, quanto da década de 80, quando ficou conhecido pela nudez
 (David Dawson)

Lucian Freud: Corpos e Rostos perpassa as mudanças estilísticas do autor, com obras tanto do início de sua trajetória, em 1940, quanto da década de 80, quando ficou conhecido pela nudez (David Dawson)

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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 10h25.

São Paulo - Freud nasceu em 1922 na Alemanha e naturalizou-se inglês. Morreu em 2011, aos 88 anos.

Em um momento em que o abstracionismo imperava, um artista buscou mostrar o ser humano em sua forma mais íntima e sincera. Longe do que se pregava nas esculturas da antiga Grécia, onde roupa significava hierarquia, chocou a todos ao exibir nudez e rostos dramáticos, que causavam incômodo.

Cada traço remetia à narrativa da vida de homens e mulheres, revelando suas experiências, angústias e as marcas do tempo implícitas em cada expressão. Traços esses, que fizeram de Lucian Freud um dos principais artistas do pós-guerra, reunidos pela primeira vez no país, no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Até outubro de 2013, seis pinturas e 44 gravuras do artista alemão, naturalizado inglês e neto do criador da psicanálise, compõem a mostra com curadoria de Richard Riley e Delphine Allier, do British Council, e colaboração de Teixeira Coelho, curador do Masp.

Lucian Freud: Corpos e Rostos perpassa as mudanças estilísticas do autor, com obras tanto do início de sua trajetória como pintor e gravurista, em 1940, quanto as da década de 1980, quando ficou conhecido pela nudez. “Retratos 3 x 4, plano médio e, por fim, telas de corpo inteiro foram colocados lado a lado. É interessante ver como ele foi alterando os traços”, comenta Teixeira.

A mostra também traz 28 fotografias de David Dawson, que foi assistente de Freud por mais de 20 anos. “Tivemos a sorte de ele ter registrado tudo o que acontecia no ateliê com fotos belíssimas, onde é possível ver os modelos em ação e sentir o artista. Isso aumenta a fruição de toda a exposição”, acrescenta.

Obcecado pelo que fazia, Freud passava os sete dias da semana, durante meses, pintando, acompanhado sempre de David e um modelo. Retratou personalidades, como a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, mas preferia os íntimos. Em 2011, porém, deu adeus à arte aos 88 anos. E deixou, para a imaginação de seus seguidores, o trecho inacabado de seu último quadro, onde pintava um cão e seu fiel assistente.

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