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O que os melhores restaurantes de Nova York têm em comum

Entre os 17 restaurantes que ganharam novas estrelas no Guia Michelin, seis deles são japoneses

Le Bernardin: Restaurante e, Manhattan tem três estrelas no Guia Michelin (Eric Ripert/Le Bernardin/Divulgação)

Le Bernardin: Restaurante e, Manhattan tem três estrelas no Guia Michelin (Eric Ripert/Le Bernardin/Divulgação)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 07h00.

Última atualização em 13 de novembro de 2018 às 07h00.

Se você deseja obter uma estrela Michelin em Nova York, a primeira e melhor coisa que você pode fazer é colocar a palavra "sushi" no nome do seu restaurante. Ou, pelo menos, garantir que seu cardápio preste uma homenagem à culinária japonesa.

Quando o Guia Michelin anunciou seus vencedores na cidade de Nova York para 2019, na terça-feira, 17 restaurantes ganharam novas estrelas - e seis deles são japoneses. A culinária francesa se saiu bem: três dos estreantes na lista são franceses, e dois deles eram de Joël Robuchon, o famoso chef que faleceu no início deste ano. Dois são mexicanos, incluindo o novo e empolgante restaurante de Oaxaca, Claro.

No nível mais alto, a cena gastronômica da cidade permanece inalterada - Manhattan continua sendo o lar de cinco lugares de três estrelas: Le Bernardin, Masa, Eleven Madison Park, Chef’s Table at Brooklyn Fare e Per Se. Se alguém quisesse visitar todos eles em um único dia, não precisaria caminhar muito: os restaurantes estão concentrados no Midtown, exceto o EMP, que fica em Flatiron District (e, para alguns, a 24th Street é Midtown).

Neste ano, o guia de Nova York inclui 76 restaurantes com estrela, um aumento em relação aos 72 do ano passado (e pouco menos que o total de 77 do guia de 2017). No entanto, um dos lugares já fechou: o Tetsu Basement, que recebeu duas estrelas, deixou de ser um restaurante caro de degustação de carnes e se transformou em, adivinhe, um restaurante de sushi à la carte. A notícia chegou tarde demais para o guia impresso.

Gwendal Poullennec, o novo diretor internacional do Guia Michelin, diz que não há favoritismo em relação ao sushi. "Há uma rica seleção de restaurantes japoneses em Nova York", diz ele. "É o que os clientes estão buscando e está tendo um bom desempenho. Mas nossos critérios continuam sendo os mesmos, independentemente do tipo de culinária."

Poullennec usou o mesmo raciocínio para defender a presença do Babbo na lista (o restaurante é copropriedade de Mario Batali, acusado de assédio sexual) e para explicar a escassez de chefs do gênero feminino. "Usamos a mesma metodologia em todo o mundo. Não temos critérios nem considerações além da qualidade da comida." Dos 76 restaurantes com estrela, apenas dois têm mulheres à frente da cozinha: Melissa Rodríguez, no Del Posto, e Emma Bengtsson, no Aquavit.

Embora a cena dos restaurantes de três estrelas de Nova York não tenha mudado, há boas e más notícias na categoria de duas estrelas. Quatro restaurantes foram adicionados à lista, incluindo três novos lugares: Icimura at Uchū, L’Atelier de Joël Robuchon e Tetsu Basement.

A lista de restaurantes de uma estrela também ficou mais dinâmica com adições como Atomix, que tem um lindo cardápio coreano omakase. O Brooklyn manteve nove lugares, com duas das adições mais interessantes deste ano, Claro e Oxomoco, uma sala de jantar em Williamsburg especializada na culinária mexicana preparada a lenha. E Le Coucou finalmente entrou na lista. "Estamos de olho nele desde que foi inaugurado e acompanhamos o aprimoramento constante da qualidade dos pratos, que encantam com elegância", diz Poullennec.

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