Casual

O que foi pior, o Mineirazo ou o Maracanazo?

Veja as comparações sobre o que foi pior: perder uma Copa considerada ganha ou ser humilhado em sua própria casa

Torcedor brasileiro se esconde após derrota do Brasil para a Alemanha pela semifinal da Copa do Mundo (REUTERS/Ruben Sprich)

Torcedor brasileiro se esconde após derrota do Brasil para a Alemanha pela semifinal da Copa do Mundo (REUTERS/Ruben Sprich)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2014 às 11h49.

Rio de Janeiro - Um dia depois da pior derrota da história da seleção, a goleada para a Alemanha por 7 a 1, o Brasil questiona se o desastre ocorrido em Belo Horizonte, já apelidado de 'Mineirazo' é maior que o 'Maracanazo', que havia provocado a maior comoção no país por causa de uma partida de futebol até hoje.

'O Brasil precisa do Mundial para exorcizar o fantasma do 'Maracanazo'. Um fantasma que vive a mais de 50 anos'. As palavras do vice-ministro de Esportes, Luis Fernandes, em Madri, a 100 dias do começo da Copa do Mundo, ilustravam o sentimento generalizado. A vitória era necessária para apagar aquelas lembranças.

Pouco mais de quatro meses depois, a discussão é sobre o que foi pior: perder uma Copa considerada ganha ou ser humilhado em sua própria casa. E são feitas comparações:

1.- PESADELO PARA NOVA GERAÇÃO. Cerca de 63% da população do Brasil não tinha nascido quando aconteceu o 'Maracanazo. Em 16 de julho de 1950, 174 mil espectadores presenciaram a partida, segundo os dados oficiais da Fifa, e milhões escutaram o jogo pelo rádio ou souberam o resultado no dia seguinte e o pela imprensa e pelo 'boca a boca', o que deu início ao mito.

Agora, a transmissão com audiências estratosféricas e as redes sociais transformaram ao 'Mineirazo' no pesadelo de uma nova geração de torcedores. Todos sabem o que ocorreu realmente.

2.- RESPOSTA DA TORCIDA. 'Apenas três pessoas conseguiram silenciar o Maracanã: Frank Sinatra, o papa e eu'. Assim, Alcides Ghiggia explicava a comoção que seu gol no provocou no estádio. Os jogadores uruguaios garantiam que não se conseguiam se escutar de tanto barulho das arquibancadas. Com o segundo gol, tudo se silenciou.

Em Belo Horizonte, a resposta da torcida verde e amarela destoou do silêncio: jogadores brasileiros foram vaiados, houve grito de 'olé' durante o toque de bola do adversário e aplausos para as jogadas dos alemães.

3.- TRAJETÓRIAS DISTINTAS. A seleção de 1950 chegou à decisão contra o Uruguai motivada com as goleadas sobre Suécia (7 a 1) e Espanha (6 a 1). A seleção brasileira de Scolari sofreu contra México, Chile, rival que derrotou nos pênaltis. Apenas a vitória contra a Colômbia (2 a 1) foi convincente.

4.- FAVORITISMO. Em 2014, a condição de favorito foi muito discutida, principalmente após de perda de Neymar, por lesão. Em 1950, por outro lado, ninguém apostava no Uruguai. A imprensa já tinha preparado as manchetes com o título de 'Brasil campeão do mundo'. Agora, a torcida reconhecia a possibilidade de derrota, o que não esperava era uma humilhação.

5.- FUTURO INCERTO. O Brasil demorou oito anos para se recuperar do 'Maracanazo'. A volta por cima veio com Pelé, Garrincha e uma geração de craques que recuperaram o orgulho do país. Agora, ninguém sabe o que acontecerá, pois Luiz Felipe Scolari deixou de lado a tradição do futebol brasileiro. Seu plano era simples, uma defesa forte, Neymar e coração na ponta das chuteiras.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFutebol

Mais de Casual

O único restaurante japonês a ter 2 estrelas Michelin em São Paulo volta com tudo

Quanto custa viajar para Santiago, no Chile?

Dia Mundial do Bartender celebra profissionais como os artistas da mixologia

Montblanc lança primeira coleção de couro do ano com três novas cores