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O que fazer quando o treino de corrida sai dos trilhos?

Quando o treinamento não saiu como programado, veja como decidir o que fazer com base nos sinais de alerta que você vai encontrar


	Corrida: persistir nem sempre é o mais inteligente
 (Getty Images/Spencer Platt)

Corrida: persistir nem sempre é o mais inteligente (Getty Images/Spencer Platt)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2015 às 17h24.

São Paulo - Em abril, a atleta profissional americana Amy Hastings desistiu da Maratona de Boston três semanas antes da largada porque os treinos não tinham saído como ela esperava.

Mas seu colega de equipe na Olimpíada de 2012 Ryan Hall seguiu em frente, apesar de uma preparação cheia de lesões.

Ele se esforçou até terminar em decepcionantes 2h17min50, quase 13 minutos mais lento do que seu melhor tempo.

Nunca é fácil decidir quando jogar a toalha antes de uma competição – não apenas para atletas de elite, que dependem de bons resultados para viver.

Ninguém gosta de deixar para trás taxas de inscrição, aulas puxadas e a chance de perseguir uma meta.

Mas persistir nem sempre é o mais inteligente.

Quando o treinamento não saiu como programado, veja como decidir o que fazer com base nos sinais de alerta que você vai encontrar.

AJUSTE AS METAS

Digamos que você perdeu até duas semanas de treinos por causa de uma pequena lesão ou doença e, depois, recuperou a saúde completamente.

Ou então dedicou menos horas às pistas por até quatro semanas por causa de compromissos pessoais ou profissionais.

Relaxe. Ainda dá para correr a prova planejada. Para isso, reveja a sua expectativa de tempo: diminua sua meta de pace entre 5% e 10%, pelo menos na primeira metade da prova.

Se estiver se sentindo bem a partir desse ponto, aumente o ritmo.

Se o treino não está fluindo como o esperado – você está perdendo seu pace nos treinos e precisando interromper corridas longas, por exemplo – e possíveis problemas de saúde, como anemia, estão descartados, considere competir, sim.

Resista ao ímpeto de desistir só porque tem medo de ficar para trás.

ADIE A COMPETIÇÃO

Participando de uma prova mais adiante, você pode ficar uma ou duas semanas longe dos treinos sem precisar reduzir as metas.

Dê a si mesmo tempo para uma recuperação. Para cada semana de corrida totalmente perdida, adie a competição em três semanas.

Para cada semana de treino abaixo da sua média (com resfriado, por exemplo), adie em uma semana.

A situação mais complicada é quando você se sente muito cansado. É importante saber que existe uma diferença sutil entre excesso de treinamento e overtraining.

Se seus tempos têm piorado por várias semanas seguidas e seu corpo está exausto, experimente reduzir de 30% a 50% o volume por até duas semanas e limite-se a correr leve.

Se começar a se sentir melhor, programe-se para competir, mas mais tarde do que planejava. Se não evoluir, siga o próximo passo, abaixo.

CANCELE E RENOVE-SE

Às vezes, você precisa realmente parar. Com lesões sérias, como fraturas por stress, não há negociação.

Mesmo as menos graves, como canelite ou fascite plantar, podem pôr fim a uma temporada.

Se uma contusão se estender por mais de quatro semanas, cancele as provas futuras e mude seu foco para a recuperação.

É fácil negligenciar sinais de alerta de overtraining. Preste atenção em corridas mais lentas, dificuldade para dormir, fadiga persistente e irritabilidade.

Se duas semanas de treino reduzido não começarem a reverter esses sintomas, tente ficar uma semana inteira sem calçar os tênis. Se nem isso ajudar, diga não às competições e retorne às pistas apenas quando se sentir pronto.

É fisicamente possível ir adiante mesmo com overtraining, mas você nunca vai conseguir render o seu melhor se não chegar à largada com o corpo saudável, a mente tranquila e as pernas descansadas.

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