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Comer menos emagrece mais que cortar gordura, diz Harvard

"Não há provas que sustentem as dietas de redução de gordura", afirma a autora do estudo, Deirdre Tobias, da Faculdade de Medicina da Harvard University


	Redução de gorduras: "Não há provas contundentes que sustentem as dietas de redução de gordura", afirma a autora do estudo, Deirdre Tobias, da Faculdade de Medicina da Harvard University
 (Sxc.hu)

Redução de gorduras: "Não há provas contundentes que sustentem as dietas de redução de gordura", afirma a autora do estudo, Deirdre Tobias, da Faculdade de Medicina da Harvard University (Sxc.hu)

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Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2015 às 06h11.

Reduzir a quantidade de gordura na alimentação parece ser a dieta óbvia para quem deseja emagrecer, mas um estudo publicado na revista médica "The Lancet" nesta sexta-feira mostra que não é bem assim.

"Não há provas contundentes que sustentem as dietas de redução de gordura", afirma a autora do estudo, Deirdre Tobias, da Faculdade de Medicina da Harvard University.

Segundo a nutricionista, "por trás da habitual recomendação de reduzir as gorduras - que contêm o dobro de calorias por grama em relação a carboidratos ou a proteínas -, está a crença de que basta reduzir a ingestão de gordura para reduzir o peso naturalmente".

Uma análise detalhada de 53 pesquisas sobre 68.000 casos de adultos - comparando dietas magras com as outras, entre elas a ausência de dieta - demonstra claramente o contrário, quando o objetivo é a redução de peso a longo prazo, ou seja, superior a um ano.

As dietas com redução de gordura se mostraram mais eficazes apenas quando comparadas com a ausência total de dieta.

Segundo Tobias, "a Ciência não sustenta as dietas reduzidas em gordura como a melhor estratégia de perda de peso a longo prazo".

"Para combater eficazmente a epidemia de obesidade", agrega, "precisamos continuar investigando para alcançar essa meta de mais longo prazo e mantê-la, incluindo ver além da composição dos alimentos em função dos macronutrientes, ou seja, a proporção de calorias que provêm das gorduras, dos carboidratos, ou das proteínas".

Dessa forma, o que conta não é reduzir a quantidade de calorias geradas pelas gorduras, mas reduzi-las no absoluto, qualquer que seja sua origem.

"A mensagem que retenho desse estudo é que o que determina a perda de peso é a quantidade de energia que se ingere, mais do que a quantidade relativa de gorduras e carboidratos na dieta", comentou o nutricionista Tom Sanders, do King's College, de Londres.

"Mas é a ingestão total de gorduras e carboidratos que determina a ingestão de energia", completou.

Conclusão para emagrecer: uma caloria é uma caloria. É preciso comer menos quantidade, porções menores e evitar excesso de gordura e açúcar, especialmente em carnes, comidas fritas, pastéis e bebidas açucaradas.

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