Casual

O guia dos certificados de qualidade da Indústria Relojoeira

O WatchTime Brasil preparou uma seleção das 11 certificações que mais se destacam neste setor

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 21h07.

Muitas pessoas se perguntam o quanto é bom um relógio. Um selo de qualidade pode ajudar a chegar a uma resposta. Possuir um certificado mostra que o relógio passou por uma série de testes que lhe renderam um alto grau de precisão de cronometragem, de movimento ou a perfeição na qualidade de acabamento.

O momento é propício para falar sobre os certificados, já que o mundo da alta relojoaria está com os olhos voltados para os lançamentos da Baselworld 2015, que está acontecendo em Basileia, na Suíça. O evento reúne as novidades das marcas mais respeitadas deste universo e elas, por sua vez, se garantem devidos certificações e selos de qualidade conquistados. Entre os mais conhecidos estão o certificado COSC e o Selo de Genebra.

Além destas duas principais certificações, uma forma de cada relojoaria atestar seus processos deprodução é a própria marca criar seu selo de qualidade, como o Selo Patek Philippe e o certificado de qualidade “Montblanc Laboratory Test 500”. O WatchTime Brasil, em parceria com o WatchTime.com, preparou uma seleção das 11 certificações que mais se destacam neste setor. Confira:

Certificado COSC

“Contrôle officiel suisse dês chronomètres”, é a expressão em francês para “Controle oficial suíço de cronômetros ou C.O.S.C. Está é a organização patrocinada pelo governo suíço para certificação de cronômetros. O procedimento da COSC leva 15 dias. As empresas de relógios enviam apenas o movimento a ser testado, ou seja, fora da caixa que o irá abrigar, então a COSC atribui a cada movimento um número de identificação e seus funcionários aplicam uma marcação genérica em pontos chaves do movimento para facilitar a leitura de um sensor óptico. Para cada movimento marcado é dado um período de descanso de 24 horas antes do teste. O sensor óptico lê o tempo fora da marcação habitual. Esta leitura está conectada a um servidor controlado por dois relógios atômicos, que proporcionam uma cronometragem padrão.

Durante os primeiros 10 dias, o movimento é testado em cinco posições diferentes, cada uma por 48 horas: coroa para a esquerda, coroa para cima, coroa para baixo, mostrador para cima e para baixo. Durante todo este período os movimentos são mantidos a uma temperatura de 23 ᵒC. Se o movimento também tem a função de cronógrafo, esta função é ativada no 10º dia para assim verificar seu efeito sobre a cronometragem. Nos dias 11 a 13, o relógio é testado por variações bruscas de temperatura. Logo de início a temperatura é reduzida para 8ᵒC, em seguida, retorna-se a 23ᵒC, então é aumentada para 38ᵒC. Feito este teste, nos últimos dois dias restantes (14º e 15º) a temperatura volta para os 23ᵒC e o movimento é colocado à sua posição original com a coroa inclinada para a esquerda.

O objetivo do COSC é testar o desempenho do movimento contra os sete critérios da norma ISO 3159 – norma internacional que certifica os chamados “relógios de pulso-cronômetro com balanço de mola oscilante.” (O COSC tem critérios diferentes para os movimentos com diâmetros menores que 20 mm. Como os relógios masculinos são, em sua maioria, maiores que 20 mm de diâmetro, todos os critérios mencionados são do padrão para essa classe) São eles: taxa de desvio diário; taxa média de variação do movimento; taxa máxima de variação do movimento em dois dias; diferença entre a taxa de variação horizontal e vertical (levando em consideração a gravidade da Terra e o equilíbrio); variação da taxa de desvio por cada grau de temperatura e, por final, a taxa de retomada do movimento ao ser expostos as várias temperaturas.

Apesar dos procedimentos padronizados exigidos pelo ISO 3159 que abrange apenas os movimentos mecânicos o COSC também tem seus próprios critérios para avaliar os movimentos quartzos. Os testes nestes calibres são realizados em 11 dias e o movimento é levado a suportar três temperaturas diferentes, são girados de três formas diferentes e devem suportar 200 choques de 100Gs.

Para se ter uma ideia, em 2012, a organização suíça emitiu 1,73 milhão de certificados sendo que 85% deste montante foram divididos entre a Rolex, Omega e Breitling.

Selo de Genebra

O primeiro requisito para se obter o Selo de Genebra, que data de 1886, é o de que o relógio não basta ser produzido na Suíça, é preciso necessariamente ter sido produzido por uma relojoaria baseada no Cantão de Genebra (tanto movimento quanto sua montagem e inspeção final). O relógio também deve atender às exigências descriminadas pelo Selo nos quesitos acabamento, pontualidade e precisão de movimentos. A certificação começa com a análise do calibre para estabelecer se seu acabamento está de acordo com os requisitos. As etapas do processo acontecem nas instalações do TimeLab (Laboratório de Relojoaria e Micro-engenharia de Genebra).

Para iniciar o teste a marca disponibiliza um conjunto de peças com todos os componentes do relógio a serem testados, tanto internos quanto externos – e mais uma amostra montada. Primeiramente são observados os acabamentos do movimento. Usando uma longa lista de critérios verificam-se as pontes e placas com os chanfros polidos, sem marcas de usinagem. As jóias do movimento devem estar acomodadas em orifícios também perfeitamente polidos, todas as engrenagens devem ser chanfradas; além das hastes e pivôs, todos meticulosamente aparados.

Se o laboratório de testes aprova o movimento da amostra, a relojoaria pode usá-lo como referência na produção dos reais relógios que serão vendidos. O controle de qualidade é feito pela própria marca, mas são realizadas constantes auditorias para certificar que todos os movimentos estão sendo produzidos de acordo com a amostra aprovada.

Os movimentos externos também são testados tanto no TimeLanb quanto nas instalações do fabricante. A precisão do relógio, por exemplo, é medida ao longo de um período de sete dias. O relógio é colocado em uma máquina que o gira uma vez por minuto, durante 14 horas, para depois o ponteiro ser colocado às 10 horas. Este é apenas o primeiro dia de teste. No decurso da semana, o relógio não pode perder mais do que um total de um minuto, ou seja, é preciso atingir uma taxa média diária de ± 8,6 segundos / dia.

Outras funções adicionais do relógio como calendários, repetidores e equação de tempo também são testados. Para o quesito resistência à água,todos os relógios com esta particularidade devem suportar a pressão de 30 metros ou mais. Além disso, as reservas de energia dos relógios devem ser exatas ao que diz o fabricante e o tempo de duração é medido enquanto o relógio está com o dial para cima.

Atestado todos estes requisitos, ao fabricante é permitido aplicar a marca do Selo de Genebra tanto na placa principal ou na ponte do mecanismo. Todo relógio condecorado com o Selo de Genebra deve ser vendido com seu certificado, especificando-se o número de série no movimento e na caixa. Entre os clientes desta certificação incluem Cartier, Chopard, Roger Dubuis (cuja totalidade dos relógios possui o selo) e Vacheron Constatin.

Certificado Chronofiable

O nome do certificado já diz tudo, sua origem está na palavra francesa “fiable” (confiável). O teste Chronofiable teve início na década de 1970, quando a Federação da Indústria Relojoeira Suíça estabeleceu o Centro de Testes de Confiabilidade (CCF SA) e fez do Chronofiable um procedimento de teste de marca registrada. Hoje, Chronofiable é um departamento da Laboratoire Dubois SA, um centro de testes de relojoaria independente, localizado na cidade La Chaux-de-Fonds, na Suíça onde os mesmos parâmetros de testes do Chronofiable permanecem inalterados desde a sua criação.

O objetivo do Chronofiable é acelerar oito vezes mais o desgaste normal relógio. Para se chegar ao resultado a peça passa por uma bateria de testes que duram 21 dias, o que Laboratoire Dubois afirma que é equivalente a seis meses de desgaste. Neste”ciclo de envelhecimento” os relógios são testados via choques de acelerações lineares que variam entre 25 e 550 Gs e acelerações angulares de até oito radianos por segundo ao quadrado. O relógio também deve sustentar as variações de temperatura (15, 30 e 55ᵒC). Antes e depois deste ciclo de envelhecimento, as funções do relógio, como apresentação do tempo e amplitude, são verificadas. O laboratório testa movimentos com uma amostra representativa, e não cada movimento que certifica. O Certificado Chronofiable é uma exigência do Selo Fleurier Quality Foundation.

Selo Fleurier Quality Foundation

Para receber o selo Fleurier Quality Foundation, concedido pela fundação Fleurier,localizada na cidade de Jura, na Suíça, um relógio deve cumprir cinco padrões: a peça deve ser 100% fabricada na Suíça; deve passar pelo teste Chronofiable (teste explicado acima) que certifica a sua durabilidade edeve já ter recebido a certificação COSC. Com os requisitos iniciais em conformidade, o relógio passa por uma inspeção visual no acabamento do movimento tanto a olho nu quanto sob um microscópio, ou seja, deve se submeter e ser aprovado ao que a fundação chama de “Fleuritest.” Se um relógio atende a todos os cinco requisitos, o logotipo FQF virá inscrito em seu movimento e, caso essa inscrição não fique visível quando o movimento é inserido na caixa, as siglas podem vir assinadas também no seu mostrador.

No Fleuritest, o relógio é colocado sobre uma máquina que imita os movimentos típicos de um ser humano. Os variados movimentos simulam os diferentes níveis de atividade humana, como a mais tranquila, imitando o momento de dormir até os momentos de extrema atividade física. As taxas de variação do relógio são medidas por meio de câmeras digitais que registram o tempo no mostrador. No final de 24 horas, a taxa deve situar-se entre zero e mais cinco segundos.O selo criado em 2001 tem como relojoarias participantes marcas como Bovet, Chopard e Parmigiani Fleurier.

Montblanc Laboratory Test 500

Com o objetivo de garantir o alto nível de desempenho dos relógios Montblanc, a relojoaria mantém um laboratório de testes em Le Locle, na região do Jura, na Suíça. Uma equipe de qualidade e manufatura realiza o intitulado “Montblanc Laboratory Test 500”. As peças da maison passam por várias etapas para atestar a precisão e qualidade dos movimentos e dos mecanismos dos relógios. Durante quase três semanas os relógios são submetidos a condições que recriam o ambiente que irão encontrar quando forem usados.

O desempenho da Corda e Controle da Montagem é colocado à prova durante 4 horas. Para esta verificação as peças são colocadas dentro de recipientes pequenos e fixadas nos braços rotativos de uma “máquina Chappuis”, em que o movimento é exposto a uma rotação contínua enquanto a corda está sendo completamente enrolada. As sucessivas e fortes vibrações e rotações soltam as partículas de poeira e também soltam todos os parafusos que não estavam suficientemente apertados durante a montagem do relógio, permitindo que sejam devidamente apertados.

O segundo teste tem duração de 80 horas e faz o controle de precisão contínua. Um sistema interessante no qual usa de microfones ultra-sensíveis para identificar os parâmetros de vibração e identifica possíveis ruídos transmitidos pela pedra de impulso, roda de escape e pallet. Traduzidos em um gráfico é possível afastar os eventuais desvios. Esse monitoramento ocorre em todas as posições: com a coroa para a esquerda, para baixo, para a direita e para cima e enquanto o relógio está posicionado verticalmente, e também com a coroa para a direita e para baixo, quando a caixa está posicionada horizontalmente.

O“Cyclotest” é mais longo dos testes, leva 336 horas para ser concluído. Os relógios sofrem uma ligeira rotação, de acordo com um programa que foi desenvolvido pela própria Montblanc. Este movimento rotativo simula as condições que um relógio encontra normalmente na vida real, desde as fases ativas quando o relógio é usado no pulso até as fases latentes quando está fora do pulso. O teste consiste em ciclos com funções diferentes, por exemplo, um cronógrafo ligado e desligado. A reserva de energia é testada durante cada ciclo, para assegurar um funcionamento perfeito em todas as condições.

O teste de desempenho geral dura 80 horas. Nesta etapa o relógio é colocado à prova em diferentes condições de temperatura e a cada uma delas é testado a reserva de energia, a mudança da exibição da data, a precisão da velocidade e as suas funções adicionais. A corda é completamente enrolada e o relógio é colocado em um forno que oscila entre 6ᵒC e 45ᵒC. O relógio não é movimentado durante todo este tempo, permitindo assim examinar precisamente a reserva de energia.Também é acrescido um teste de velocidade momentânea do relógio, realizado em um dos dispositivos típicos da indústria de relojoaria, o”PC10″, para assegurar a máxima confiabilidade.

De acordo com a complicação do movimento, testes são adicionados. Por exemplo, testes de função do cronógrafo que examina os botões de acionamento da complicação e a precisão das medidas de breves intervalos de medição do cronógrafo. Como também os calendários perpétuos cujas mudanças de data e anos bissextos são simulados manualmente pelos inspetores de qualidade que, pacientemente, giram a coroa, hora a hora e verificam ao fim de cada mês se a data está correta. Esta operação é repetida até atingir uma simulação total de quatro anos.

Por último é examinado a resistência à água. Com duração de 2 horas, os testes começam com a verificação da vedação da caixa, passando para um teste do cristal de safira de resistência a umidade. Finalmente, a caixa é submersa em água até uma profundidade de 10 cm. Enquanto é submersa, a pressão é gradualmente aumentada para 3 bar para simular imersão a uma profundidade de 30 m. Aprovado em todo este processo de exames a Montblanc garante um relógio para toda a vida.

Selo “Oficialmente Certificado”

A partir deste ano será inserida uma nova certificação no mercado da alta relojoaria. Por meio de uma parceria entre a Omega e o Instituto Federal Suíço de Metrologia (METAS), foram estabelecidas novas regras para o teste das peças equipadas com o novo calibre Master Co-axial.

Esta normas é mais rígidas do que as estabelecidas pelos parâmetros de certificação COSC. O novo certificado pretende testar e certificar além dos movimentos dos relógios, também quer analisar seu funcionamento quando a peça já estiver finalizada. Para receber um selo de “Oficialmente Certificado”, as peças serão testadas em sua precisão antes e depois da exposição a campos magnéticos maiores que 15.000 gaus. A precisão deverá estar dentro do grau de tolerância entre 0 e +5 segundos por dia, além de serem testados por conta de sua autonomia e resistência à água. Todos os testes estarão disponíveis aos donos dos relógios que conterem o mecanismo Master Co-Axial pela internet e também em smartphones. A vantagem é que a nova certificação não será exclusiva da Omega. O METAS é um instituto independente e poderá receber outros clientes que estejam interessados obter o selo.

Certificado Glashütte Observatory

O Glashütte Observatory está localizado na cidade de Glashütte, na Alemanha. O local, uma espécie de observatório, foi comprado e reformado pela marca de jóias e relógios Wempe, em 2005. Hoje, abriga a sede de uma entidade independente operada pelo Instituto German Calibration Office com o objetivo de certificar os relógios da indústria alemã à sua norma nacional, o DIN 8319, com requisitos muitos parecido com a ISO 3159.

Os testes realizados no observatório são feitos no produto final. Em regra, este certificado estipula o tempo de parada de segundos para que seja possível definir com precisão o tempo do segundo em cada relógio. A instituição também tem seus próprios critérios de teste para os relógios de quartzo. O observatório não revela quais as marcas que usam este sistema de certificação, mas entre elas certamente estão Wempe e Glashütte Original.

Selo Patek Philippe

Criado em 2009, o Selo Philippe Patek exige 19 dias de inspeção em seus relógios em teste. Durante este período, como movimento já dentro da caixa são feitas checagens na reserva de energia, várias medições onde atestam sua precisão de tempo, também há uma simulação cinética que imita o desgaste normal e finalmente são feitas as inspeções de vedação e resistência à água. Além disso, existem inúmeras checagens na estética do relógio. Os requisitos incluem: polimento acetinado para todas as arestas das peças em aço, os chanfros sobre as cabeças dos parafusos e as decorações nas laterais superiores de cada ponte e rotor.

A precisão de tempo é avaliada de várias maneiras durante a produção para garantir a perfeição do movimento bruto, bem como no relógio final. Para os movimentos, com um diâmetro igual ou maior a 20 mm o desvio da taxa diária deve situar-se entre -3 e +2 segundos/dia. Para se chegar aos resultados, cada relógio é testado em seis posições. Não são feitas peças de amostra, pois todos os relógios mecânicos produzido pela Patek Philippe são testados, para assim receber o selo Patek Philippe antes de serem entregues ao consumidor final.

Certificado Grand Seiko

A inspeção padrão realizada pela Grand Seiko tem como principal objetivo testar os movimentos mecânicos da marca antes deles de serem inseridos em suas caixas. O processo é muito semelhante aos dos exigidos pelo COSC. Para o teste o dial os ponteiros são aplicados no movimento para avaliar as taxas médias de precisão. A checagem é feita através de fotografias de marcação. A Seiko tem um padrão mais rigoroso de precisão do que o COSC: a taxa média diária deve estar entre -3 e + 5 segundos/dia. A variação média do índice tem que ser 1,8 segundo/dia ou menos e a variação máxima entre dois dias em uma posição é de 4 segundos/dia. A maior diferença entre a taxa diária média e a qualquer outra taxa individual diária deve ser 8 segundos/dia ou menos.

Os movimentos são testados em seis posições diferentes – ao invés das cinco utilizadas na certificação COSC. A marca afirma que testa o movimento com a coroa também inclinada para a direita (12 horas virada para cima), pois de acordo com a Seiko está é uma adição importante, ela simula um relógio deitado sobre uma mesa apoiado para trás em sua pulseira. Para atestar até a sexta posição, Seiko precisa de um período de 17 dias.

Controle Jaeger-LeCoultre 1,000 Hours

A Jaeger-LeCoultre desenvolveu este certificado em 1992. Como o próprio nome sugere “Jaeger-LeCoultre 1,000 Hours Control” , trata-se de uma bateria de testes com duração de quase seis semanas. Originalmente, este controle foi usado apenas para atestar o Calibre 889 desenvolvido pela própria marca, mas hoje, cada relógio da maison que sai da fábrica (com exceção de algumas peças únicas) deve passar pela inspeção.

Ao todo o procedimento é dividido em seis etapas. Na primeira, o relógio é colocado em uma máquina que simula os movimentos de uso diário para certificar que todos os componentes estão fixados de modo preciso em seu lugar. Em seguida, a amplitude da roda de balanço é testada em seis posições. O terceiro teste é uma verificação da reserva de energia, garantindo que o seu movimento seja executado quanto requisitado. Logo depois, os efeitos da temperatura no mecanismo são testados: o relógio começa a uma temperatura de 22 ᵒC, e, em seguida, é colocado em ambientes que variam de 4ᵒC a 40ᵒC.

A quinta etapa é a mais longa: é já mencionado “Cyclo test”, que em média dura duas semanas. Durante este período, o relógio, de modo alternado e constante é colocado em movimentos circulares e logo em seguida em repouso. Isso tudo para atestar a sua precisão de cronometragem variável. (a marca não divulga as suas taxas de tolerâncias.) Por fim, é testado a sua resistência à água e o relógio é levado a suportar pressões de ar que variam entre 3 e 20 atmosferas, dependendo do modelo de relógio.Passado no teste o relógio recebe a gravação “1,000 Hours”(mil horas) no verso da caixa.

Certificado Ulysse Nardin

Criado em 2012, o Certificado “Ulysse Nardin Chronometer & Performance” foi inicialmente usado para testar dois movimentos internos, o Calibre 118 e o Calibre 150, criados para fabricação dos relógios para a Marinha. Todo o processo perdura por sete dias, dos quais inclui uma inspeção na estética dos mecanismos, um teste de resistência à água e checagem de vácuo e pressão (um maquinário simula a pressão do ar em -0,6 bar e 2,5 bar, respectivamente). Mas o mais importante dos testes dura cinco dias, quando é atestada a precisão do relógio. Cada peça é colocada em seis posições diferentes e em cada uma delas o relógio fica por 20 horas tendo que suportar variações de três temperaturas (23ᵒC, 8ᵒC e 38ᵒC). O intervalo para o desvio da taxa é menos tolerante do que os aceitos pelo COSC: – 2 e + 6 segundos/dia. O desvio com base na temperatura também é ligeiramente menor de ± 0,5 segundos/dia por grau.

Certificado Richard Mille

A marca introduziu o certificado de alto desempenho para o relógio RM 031. Para receber esta garantia de qualidade, o modelo deve ter um desvio de taxa de variação menor que 30 segundos/mês ou um segundo/dia. O relógio é testado por um período de 61 dias consecutivos. Inicialmente, o movimento é enviado para COSC para um teste padrão de cronometragem de 15 dias. Depois a peça é inserida em um APRP (Audemars Piguet Renaud et Papi)testado em “Cyclotest”por 15 dias, no qual é girado uma vez por minuto e o tempo é medido diariamente. Se o resultado de desvio de taxa for maior que 15 segundos (ou um segundo/dia), o relógio é desmontado e remontado novamente do zero. Para depois o “Cyclotest” ser repetido na fábrica da Richard Mille em Les Breuleux, na Suíça num período de mais 31 dias. O objetivo é atingir a variação da taxa mensal média menor que 30 segundos, com este resultado o relógio recebe um certificado onde é listada a taxa média de variação para cada dia.

Acompanhe tudo sobre:EuropaLuxoPaíses ricosRelógiosSuíça

Mais de Casual

Qual a diferença entre vinho orgânico, biodinâmico, convencional e natural

Hyrox: a nova competição fitness que está conquistando o mundo

Heineken lança guia que dá match entre bares e clientes

Kobra transforma instituto e ateliê aberto ao público em inspiração para grafiteiros