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O dia em que joguei tênis com Juan Martín del Potro

O tenista argentino que já foi número 3 do mundo esteve em São Paulol a convite da Rolex. E me deu duas lições na quadra

Juan Martín del Potro: 22 títulos e mais de US$ 25 milhões em prêmios na carreira (Rolex/Divulgação)

Juan Martín del Potro: 22 títulos e mais de US$ 25 milhões em prêmios na carreira (Rolex/Divulgação)

Ivan Padilla
Ivan Padilla

Editor de Casual e Especiais

Publicado em 21 de março de 2023 às 10h00.

Última atualização em 23 de março de 2023 às 22h10.

Não é todo dia que você passa a manhça numa das quadras de saibro da Sociedade Harmonia de Tênis, em São Paulo, trocando bolas de fundo de quadra e recebendo dicas de um tenista que já foi número três do mundo, venceu o US Open e carrega algumas estatísticas de respeito.

Por exemplo, ter conquistado medalha de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro depois de ficar 14 meses parado por lesão, vencendo Novak Djokovic e Rafael Nadal. Ou ter batido Roger Federer na final do Aberto dos Estados Unidos. No total, foram 22 títulos profissionais e mais de 25 milhões de dólares em prêmios.

Mas sim, isso aconteceu. Na quinta-feira passada participei de uma clínica de tênis com o ex-jogador argentino Juan Martín del Potro. Foi um convite da Rolex, marca da qual del Potro é embaixador desde 2009, justamente o ano em que venceu o Aberto dos Estados Unidos.

Passaporte para Roland Garros

Del Potro foi convidado a participar do Roland-Garros Junior Series by Renault, torneio infanto-juvenil realizado entre os dias 16 e 19 de março no Harmonia. A competição é fruto de uma colaboração entre a Federação Francesa de Tênis (FFT), a Confederação Sul-Americana de Tênis (Cosat) e a Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

Com apoio principal da Renault e dos parceiros oficiais Accor e Rolex, o torneio garantiu aos campeões das chaves simples masculina e feminina a possibilidade de disputar a chave principal da edição 2023 do Roland-Garros Junior, em Paris, com um wild card. De lá podem sair os campões das novas gerações.

Esta edição do Roland-Garros Junior Series by Renault foi disputada por 32 atletas, 16 meninos e 16 meninas, todos com menos de 16 anos. Teve representantes de 10 países (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela) e transmissão diária nos canais ESPN e Star+.

Som da batida na bola

Como programação extra, as marcas patrocinadoras levaram alguns convidados para participar de uma clínica de tênis com Del Potro. Os tenistas mais do que amadores, grupo no qual me incluo, participaram de alguns treinos com bola com os professores do Harmonia.

Durante meia hora Del Potro participou dos treinos, batendo bola no fundo de quadra com dois convidados por vez. Enquanto ele mandava as bolas na mão, era possível sonhar que estávamos de igual para igual. Quando Del Potro acelerava o drive, lembrávamos quem estava do outro lado da quadra.

Ao final do treino Del Potro me deu sua primeira lição. “Treine seu ouvido. Sabe como você sabe quando bateu bem na bola? Quando o som é uma pancada forte. Se a batida emitiu pouco som, você não bateu bem. É preferível bater em cheio na bola e arriscar que ela suba demais a mandar para rede.”

O tênis é um esporte muito técnico, com muitos detalhes a serem observados ao mesmo tempo, da posição dos pés à rotação de quadril e dos ombros. Mas confesso que nunca havia ouvido alguém mandar prestar atenção ao som da batida.

Como bater top spin

Minha pergunta imediata foi como fica o top spin, efeito de rotação na bolinha, de forma que ela pingue mais alta no lado da quadra adversária e dificulte a devolução. Essa é também uma forma de ter mais controle e evitar que ela saia na hora da batida mais forte.

Na minha visão, o top spin era dado bem no momento da batida. O som, portanto, não deveria ser o de um golpe seco, mas o de raspar a bolinha, portanto muito mais suave. Del Potro sorriu com minha colocação.

“O efeito do top spin se consegue depois da batida, na terminação do movimento”, me corrigiu o tenista. Na hora do golpe, a raquete está mais ou menos na posição perpendicular à bola, de frente. Logo depois do contato, o braço sobe e o golpe termina no alto, acima da cabeça. “É a forma de dar força e efeito ao mesmo, mantendo o controle”, disse.

Não voltei às quadras depois do privilégio de ter participado dessa clínica com um dos melhores tenistas de todos os tempos. Mas a partir de agora irei treinar mais meu ouvido e caprichar no som do golpe, à espera da volta a Del Potro a São Paulo.

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