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Novo Porsche 911 GT3 realiza o sonho de qualquer barbeiro virar piloto

Marca alemã inicia entregas do esportivo de R$ 1.620.000 que concilia uso em pista e rodoviário

Porsche 911 GT3: comando aciona potência do carro  (Porsche/Divulgação)

Porsche 911 GT3: comando aciona potência do carro (Porsche/Divulgação)

Rodrigo Mora
Rodrigo Mora

Repórter de automobilismo

Publicado em 25 de outubro de 2025 às 15h00.

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“Vamos fazer a primeira volta no modo Sport, e na segunda mudamos para o Track”, orienta o instrutor Rodrigo Hanashiro. Isso significa que, ao girar o botãozinho no volante que seleciona os modos de condução, o condutor terá a responsabilidade de domar um carro de 510 cv e tração traseira por conta própria na pista do Autódromo Velocitta, em Mogi Mirim (SP). 

Faltou coragem. Afinal, o novo Porsche 911 GT3 acaba de desembarcar no Brasil por R$ 1.620.000 – imaginem o prejuízo se algo dá errado. Mas tamanha é a confiança transmitida pelo esportivo que logo em seguida passamos a questionar a razão da existência de qualquer outro modo de condução que não seja o Track, que na prática deixa os controles de tração e estabilidade mais permissivos, mas ainda ali, prontos para entrar em ação na pior das hipóteses.

 Nesta geração 992.2, o GT3 passou por uma série de intervenções aerodinâmicas. Nas palavras da Porsche, “o difusor frontal retrabalhado, a forma refinada do lábio do spoiler e as aletas modificadas no assoalho aumentam a pressão aerodinâmica e otimizam o fluxo de ar. Na parte traseira, o difusor, as entradas de ar e a tampa traseira foram redesenhados. A asa traseira do 911 GT3 tem novas lâminas laterais anguladas”.

A descrição do trabalho na suspensão é ainda mais rebuscado: “O 911 GT3 também oferece agora braços de suspensão aerodinamicamente desenvolvidos com perfil de gota d’água no eixo dianteiro de duplo braço. Eles aumentam a pressão aerodinâmica no arco da roda em altas velocidades e melhoram o resfriamento dos freios. Para garantir que o equilíbrio da força descendente entre os eixos dianteiro e traseiro seja mantido, mesmo ao frear em altas velocidades, os engenheiros reduziram o movimento de inclinação da carroceria (antidive). No novo 911 GT3, o pivô esférico do braço de arrasto inferior foi posicionado mais baixo no eixo dianteiro para facilitar isso”.

Luxo por fora e por dentro

Na vida real, o condutor entra no carro intimidado pelo legado do mítico nome e sai dele achando que tem, sim, algum potencial para se tornar piloto. Eis a mágica do 911 GT3: ainda que na essência seja um carro de corrida, faz com que qualquer amador se sinta com superpoderes por frear dentro das curvas sem esparramar para longe, por atacar as zebras com precisão e bater quase 200 km/h no fim da reta – mesmo sabendo que o mérito é dele, não seu.

Daria até para pegar mais dicas com Hanashiro, instrutor da 2Drive certificado pela Porsche que ia à frente, pilotando um 911 GTS. Mas pouco deu para ouvir de suas orientações pelo rádio, dado o berro estridente e desesperado do motor 4.0 aspirado lá atrás.

No mais, há o luxo de sempre dentro de um Porsche. Destaque para o novo banco, com concha do assento feita de plástico reforçado com fibra de carbono e parte do acolchoamento do encosto removível, para quem preferir entrar na pista usando capacete. Há também airbag de tórax integrado, ajuste elétrico de altura e ajuste longitudinal manual.

 “O novo 911 GT3 se tornou ainda mais emocionante e individual. Nós nos aprofundamos em uma riqueza de detalhes e demos a ele muitos recursos que nossos clientes queriam. Isso permite que o GT3 seja adaptado ainda mais especificamente ao propósito ou às preferências do motorista”, diz Andreas Preuninger, chefe da linha GT.

 Depois de uma tarde na pista com o 911 GT3, fica difícil discordar.

 

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