Duque Eduardo VIII e Duquesa de Windsor em sua residência temporária perto de Ashdown Forest em uma foto de 1939 (Central Press/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de abril de 2013 às 12h21.
Londres - O rei Eduardo 8º ficou conhecido por abdicar ao trono britânico a fim de se casar com uma divorciada norte-americana, mas antes disso sua vida amorosa já havia ameaçado a monarquia.
Um novo livro do advogado e ex-juiz Andrew Rose resgata um pouco conhecido relacionamento do rei com uma cortesã francesa, 20 anos antes da abdicação, caso que terminou com um julgamento manipulado pelo "establishment" britânico, na tentativa de proteger a reputação do então príncipe herdeiro.
"The Prince, The Princess, and The Perfect Murder" ("o príncipe, a princesa e o homicídio perfeito") detalha como a francesa Maggie Meller chantageou Eduardo para não ir para a forca, depois de assassinar seu marido, um príncipe egípcio com fama de playboy, em um hotel de Londres.
Meller foi absolvida no tribunal londrino de Old Bailey, em 1923, apesar das provas acumuladas contra ela.
Rose disse que a absolvição foi uma surpresa, mas suas pesquisas revelaram agora uma história extraordinária envolvendo o julgamento por homicídio, uma coleção secreta de cartas desaparecidas e um acobertamento para salvar a reputação do futuro rei.
Seis anos antes do julgamento, Meller havia tido um romance com o príncipe britânico. Ela usou evidências disso para chantagear a monarquia, de modo a conseguir sua absolvição, disse Rose à Reuters.
"O relacionamento foi cuidadosamente espanado da história, de modo que a conexão entre o assassinato e o príncipe de Gales nunca foi estabelecida." (Reportagem de Belinda Goldsmith)