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Testamos o novo Hyundai Creta; veja versões, equipamentos e preços

Tratado como nova geração, o SUV fabricado no Brasil é rival de Chevrolet Tracker, Jeep Renegade e VW T-Cross

Dianteira: versão brasileira teve grade redesenhada (Hyundai/Divulgação)

Dianteira: versão brasileira teve grade redesenhada (Hyundai/Divulgação)

GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 25 de agosto de 2021 às 11h30.

Última atualização em 25 de agosto de 2021 às 13h10.

O novo Hyundai Creta chegou ao mercado brasileiro – e com o desenho polêmico que está à venda em outros países. Só que, por aqui, o SUV recebeu atualizações na grade dianteira e nas lanternas traseiras para evitar a rejeição do público, além de equipamentos para fazer inveja a carros mais caros. Feito em Piracicaba (SP), o utilitário custará de 107.490 a 146.990 reais.

Preços e versões do novo Hyundai Creta

Hyundai Creta Comfort 1.0T – 107.490 reais;
Hyundai Creta Limited 1.0T – 120.490 reais;
Hyundai Creta Platinum 1.0T – 135.490 reais;
Hyundai Creta Ultimate 2.0 – 146.990 reais.

Equipamentos de série

Hyundai Creta nova geração do SUV

Plataforma: SUV manteve a mesma base do modelo anterior (Hyundai/Divulgação)

Na opção mais barata, o utilitário oferece de série seis airbags (no painel, nas laterais dos bancos e nas janelas); piloto automático com limitador de velocidade; sistema multimídia com tela de 8 polegadas e câmera de ré; controle eletrônico de estabilidade; assistente de partida em rampa; faróis de projetor e luzes diurnas de LED; além do monitoramento de pressão dos pneus.

Já a segunda configuração mais em conta, Limited, acrescenta ar-condicionado digital; chave presencial; carregador sem fio para celular; sensor de estacionamento traseiro; saídas de ar para os bancos de trás; rodas de liga leve aro 17; faróis de neblina; retrovisores com rebatimento por botão; e sistema Bluelink, que permite controlar funções do veículo por aplicativo no smartphone.

Na versão Platinum – topo de linha com motor 1.0 turbo –, o Hyundai Creta tem teto solar panorâmico; quadro de instrumentos digital que reproduz as câmeras laterais para facilitar a mudança de faixa; freio de mão acionado por botão; revestimento de couro marrom; ventilação do banco do motorista; central multimídia com tela de 10,25 polegadas; e sistema de câmera com 360°.

Por fim, a opção mais equipada (batizada Ultimate), oferece recursos de condução semiautônoma. Ou seja: o SUV é capaz de acompanhar a velocidade e a distância em relação ao carro da frente; se manter centralizado na faixa; frear para veículos, pedestres e ciclistas; identificar cansaço; e acionar o farol alto. Também há faróis e lanternas de LED; rodas aro 18; e sensor dianteiro.

Motor e câmbio

Hyundai Creta nova geração do SUV

Desenho: traseira é igual ao modelo vendido na Rússia (Hyundai/Divulgação)

Praticamente todas as versões do Hyundai Creta vêm equipadas com o novo motor 1.0 turbo de 120 cv e 17,5 kgfm – exatamente igual ao utilizado pelas opções topo de linha de HB20 e HB20S –, que substitui o 1.6 16V da geração anterior. Mas a exceção fica por conta da mais cara, que manteve o 2.0 16V de 167 cv e 20,6 kgfm. Em todas elas, o câmbio é automático de seis marchas.

Como é dirigir o novo Hyundai Creta

Sem mudanças na plataforma – como é chamada a base estrutural do carro –, o SUV preservou uma das principais qualidades do modelo anterior: espaço. Por isso, cinco adultos conseguem viajar sem apertos e ainda há espaço suficiente para as bagagens de todo mundo no porta-malas de 422 litros. Mas o Creta também manteve o acabamento simples, com plásticos duros na cabine.

Se por um lado a escolha de materiais revela a origem simples do projeto, criado especificamente para mercados emergentes (como América Latina, Índia e Rússia), por outro, os itens de série compensam o deslize. Para ter ideia, o “estofamento” do painel e até mesmo a costura são imitações rígidas, mas nem perdem a importância diante do teto panorâmico e da central multimídia.

Hyundai Creta nova geração do SUV

Acabamento: cabine tem plásticos rígidos e boa montagem das peças (Hyundai/Divulgação)

Em relação às tecnologias, existe comandos por voz – que pode fechar os vidros ou aumentar o volume do som, por exemplo – e sistema de câmeras de 360° que garante visão panorâmica, como se um drone sobrevoasse o carro. E também há soluções bem-pensadas, como os alto-falantes nas portas, que foram deslocados para cima e cederam mais espaço para porta-objetos maiores.

No caso do motor 1.0 turbo, o desempenho pareceu suficiente durante esse primeiro contato, limitado à pista de testes do Haras Tuiuti, no interior de São Paulo. Tudo bem que, na ficha técnica, parece haver uma desvantagem (no 0 a 100 km/h, são 11,5 segundos, contra 9,3 segundos do 2.0). Mas, na realidade, essa opção de entrada oferece mais fôlego para retomadas graças ao turbo.

Hyundai Creta nova geração do SUV

Ponto cego: câmeras nas laterais mostram imagens nas trocas de faixa (Hyundai/Divulgação)

Em relação ao consumo, as médias são semelhantes: 11,6 km/l na cidade e 12 km/l na estrada no 1.0; e 10,9 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada no 2.0. Em ambos os casos, a proposta do Hyundai Creta está voltada para o conforto. E, por isso mesmo, a suspensão tem compromisso em absorver buracos, ainda que isso não signifique instabilidade nas curvas, e acompanhada da direção leve.

Para quem coloca espaço acima de todas as outras exigências, o novato é uma das melhores opções do segmento. Tudo bem que, nesta atualização, o fabricante poderia ter melhorado os materiais internos, mas o pacote recheado de tecnologias consegue disfarçar bem essa falha. Difícil é justificar o motor 2.0, ainda mais diante do competente 1.0 turbo, que cumpre muito bem a missão.

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