Versões Sportback têm grade dianteira com estilo colmeia (Audi/Divulgação)
Gabriel Aguiar
Publicado em 26 de maio de 2022 às 16h24.
Última atualização em 26 de maio de 2022 às 21h24.
Se o Audi Q3 é um queridinho da marca — com quase 30 mil unidades vendidas desde 2013 —, agora, o modelo tem mais motivos para cair nas graças dos brasileiros: teremos aqui a opção de carroceria Sportback. Para ter ideia da importância, os SUV-cupês deverão abocanhar 43% das vendas de SUVs da marca. E o preço? Enquanto o novato sai a R$ 315.990, o “tradicional” parte dos R$ 273.990.
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Por enquanto, todas as configurações do Audi Q3 serão trazidas de Gyor, na Hungria, até começar a produção em São José dos Pinhais (PR) — prevista para a metade deste ano. Mas a parte boa é que o modelo já vem com o motor 2.0 turbo com 231 cv de potência e 34,6 kgfm de torque. Pareceu papo para engenheiro? Para traduzir, essa mudança significa muito mais agilidade e força para o dia a dia.
Outra boa notícia é que o novo Q3 Sportback não é apenas um rostinho bonito: pudemos colocar o modelo à prova durante uma road trip entre São Paulo e Paraty (SP), com mais de 600 quilômetros de trânsito, rodovias e curvas que pareciam inspiradas nos jogos de videogame na Serra da Bocaina. E não é que o estreante foi bem? Mérito da excelente tração nas quatro rodas e da boa estabilidade.
Tudo bem que, para enfrentar as condições das estradas brasileiras, a suspensão está 18,5 mm mais alta na frente e 13,5 mm atrás quando comparada à configuração europeia. Só que isso não colocou em risco o equilíbrio da carroceria. Para quem preferir mais esportividade (ou qualquer outro ajuste de direção, motor e câmbio), é só acionar um botão para navegar entre os seis modos de condução.
É verdade que tecnologia parece ser palavra de ordem para o Q3 Sportback. Tanto é que o SUV oferece faróis e lanternas com LEDs; quadro de instrumentos digital; e piloto automático adaptativo — que controla a velocidade e a distância do veículo à frente, além de avisar quando o carro sai da faixa —, vendido a R$ 15 mil. Mas faltou carregador sem-fio de celular, que existe até no Chevrolet Onix.
Para quem não se importar em carregar no bolso o cabo USB, o novato recompensa (na opção topo de linha) com teto solar elétrico; bancos dianteiros com ajustes elétricos; e som com dez alto-falantes e 180W. Além disso, há ar-condicionado bizona; chave presencial com partida por botão; porta-malas com acionamento elétrico; e bancos e volante revestidos de couro desde as versões mais em conta.
O que não falta é conforto a bordo e, na prática, nem dá para perceber que o teto do Q3 Sportback rouba parte do espaço para cabeça na segunda fileira. Mas é melhor levar só outros quatro adultos para passear, porque o túnel no meio da segunda fileira obrigaria uma disputa territorial entre pés. Aliás, ponto positivo para o porta-malas: são 530 litros (e o banco traseiro ainda desliza até 13 cm).
No fim das contas, o modelo atualizou uma receita que já fazia sucesso — com direito a novo motor; mais equipamentos; e dinâmica acertada —, além de confirmar a nacionalização em breve. Se isso já seria suficiente para convencer os interessados, agora, também há uma opção com estilo SUV-cupê. Na lista de equipamentos, há apenas o necessário. Mas um ponto é claro: ele é muito bom de dirigir.