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Na sinuca dos famosos, Rubinho é o vice

Piloto foi o segundo colocado ontem no IV Sinuca Cup, um torneio de celebridades organizado pelo apresentador Otávio Mesquita; Zé Bello ficou com o título

Um cheque de R$ 30 mil estava reservado ao vencedor, dinheiro que seria doado em seu nome ao Instituto Barrichello Kanaan  (Divulgação)

Um cheque de R$ 30 mil estava reservado ao vencedor, dinheiro que seria doado em seu nome ao Instituto Barrichello Kanaan (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 18h00.

São Paulo - A opinião era praticamente universal: dá Ricardo Almeida. O estilista chegou ao IV Sinuca Cup, um torneio de celebridades organizado pelo apresentador Otávio Mesquita, com um favoritismo indiscutível.

Nas duas edições anteriores, Almeida ficara com o título; e bastava vê-lo se aquecendo numa das duas mesas instaladas para o evento na Casa Evoque, na Vila Nova Conceição, em São Paulo, para perceber que o homem realmente dominava o jogo. 

Se havia alguém que poderia estragar a sua vitória, segundo os convidados da festa, era o publicitário Roberto Justus, campeão do primeiro Sinuca Cup. E, possivelmente, o jornalista Britto Jr. O resto, definitivamente, era azarão.

Quando o relógio marcava 22:00, o torneio ainda não havia começado; o jogo já estava atrasado em uma hora. Mas a demora parecia não preocupar Vitinho, um senhor de longos bigodes brancos, que ajudava a jogadora profissional Silvia Taioli a organizar o evento.

“Contanto que eu chegue em casa antes do sol raiar, minha mulher me deixa entrar”, ele diz, com um sotaque malandro adquirido nos diversos salões de bilhar pelos quais passou na vida. Vitinho é o mais antigo membro da Federação Paulista de Sinuca e Bilhar. Ele afirma que a entidade existe há “32 anos e um mês” e que está nela faz “32 e dois”. Também para Vitinho, Ricardo Almeida era o jogador a ser batido naquela noite: “Tô botando dez para um nele.”

Às 22:05, Mesquita se cansou de esperar pelos jogadores atrasados e deu início ao torneio. Com um microfone em mãos, ele explicou o formato da competição: seria um mata-mata, disputado em partida única, com as regras da sinuca brasileira (sete bolas coloridas).

Além dos louros, um cheque de R$ 30 mil estava reservado ao vencedor, dinheiro que seria doado em seu nome ao Instituto Barrichello Kanaan e à Associação Cruz Verde. “A ideia era ter alguns cabeças-de-chave, mas não deu porque tem muito jogador ruim aqui”, brincou Mesquita. “Então faremos um sorteio.”


Ricardo Almeida, sendo o atual campeão, foi o primeiro a entrar na mesa, contra o piloto Pedro Queirolo. Por muito pouco, não acabou eliminado. Os jogadores chegaram à última bola praticamente empatados, com Queirolo à frente por 22 a 21. Bastava ele matar a preta – que estava na boca – para ganhar. Mas o piloto errou uma bola facílima (tremeu?) e, logo na jogada seguinte, Almeida encaçapou-a na tabela do canto, mandando a branca carregada de efeito. Fim de partida, Almeida na segunda rodada.

Ao todo, havia 13 jogadores na chave: Ricardo Almeida, Pedro Queirolo, Marco Luque, Britto Jr., Rubens Barrichello, Carlos Mussi, Roberto Justus, João Armentano, Zé Bello, Eduardo Oliveira, Reginaldo Leme , Filipe Almeida e Otávio Mesquita. A principio seriam 16, mas alguns jogadores sofreram W.O. por atraso. Caso, por exemplo, do humorista Tom Cavalcante e do apresentador Ratinho, que chegaram à Casa Evoque já no meio da competição.

O primeiro clássico aconteceu nas quartas, entre Ricardo Almeida e Britto Jr. “Desse jogo sai o campeão”, sussurrou o heptacampeão paulista de sinuca José “Jota” Costa, que assistia atento às partidas. Restando apenas as bolas rosa e preta na mesa, Britto Jr. vencia por 54 a 32 e seu adversário precisava do chamado “golpe dos 27”: matar a preta, depois a rosa, e a preta mais duas vezes. É uma jogada complicada até mesmo para os profissionais.

Almeida conseguiu fazer os 13 primeiros pontos, mas a bola branca deslizou demais e parou numa posição complicada para encaçapar a preta. Ele errou e Britto Jr. foi às semis, onde Rubinho (que ia ganhando as suas partidas sem brilhantismo) o esperava.

Do outro lado da chave, Mesquita pegaria na semifinal Zé Bello, diretor publicidade da Editora Três, que derrotara Roberto Justus num duelo dos publicitários.

Entre os semifinalistas, Bello era o menos conhecido e o único que usava um taco da casa – os outros jogavam com equipamentos sofisticados e, aparentemente, caros. Mesmo assim, Bello despachou o anfitrião da festa num jogo rápido, fechando em 57 a 20. E, na mesa ao lado, uma surpresa: Rubinho abriu 74 pontos de vantagem sobre Britto Jr., que fazia muitas faltas ao arriscar bolas difíceis. Quando Barrichello matou a marrom no fundo e fez 84 a 13, o jornalista jogou a toalha.


“Ainda bem que ninguém aceitou a minha aposta”, diz Vitinho, rindo. “Mas é bom ter uns finalistas diferentes para mudar.” O público, cerca de 60 pessoas, aplaudiu intensamente Rubinho antes da mesa final; a torcida era sua. Mas Bello, diferente dos adversários anteriores de Barrichello, entrou na partida com um plano.

Em vez de arriscar, ele foi lentamente minando o piloto e esperando por um erro seu. Quando o jogo estava 47 a 32 para Bello, o deslize aconteceu: Rubinho encaçapou a branca (menos 7 pontos) e deixou a azul na boca (o publicitário matou para fazer mais 5). Agora com uma boa vantagem, Bello conseguiu se soltar e fechou em 73 a 39 para ficar com o título.

Zé Bello, o novo “chacal” na sinuca dos famosos, depois do jogo revelou a ALFA que, quando era jovem, no Rio de Janeiro, “ganhava o dinheiro da balada na sinuca.” Com essa nova informação, Vitinho definitivamente pensará duas vezes antes de botar “dez para um” no Ricardo Almeida em 2012. Quem não pensaria?

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