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Nike rompeu com Neymar por ele não colaborar com investigação de assédio

"Wall Street Journal" revelou denúncia de funcionária, que teria sido assediada em 2016, e empresa confirma que há investigação aberta

Neymar: o término prematuro do patrocínio ocorreu em agosto de 2020 sem que nenhuma das partes divulgasse os motivos (AFP/AFP)

Neymar: o término prematuro do patrocínio ocorreu em agosto de 2020 sem que nenhuma das partes divulgasse os motivos (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 28 de maio de 2021 às 06h55.

A gigante americana Nike confirmou nesta quinta-feira (27) que rompeu o relacionamento com Neymar no ano passado porque o astro brasileiro se recusou a colaborar com uma investigação aberta sobre um possível assédio sexual do jogador contra uma funcionária da empresa.

"A Nike encerrou seu relacionamento com o atleta porque ele se recusou a cooperar em uma investigação de boa fé sobre alegações confiáveis de atos indevidos feitas por uma funcionária", afirmou a empresa, confirmando a informação dada pelo jornal The Wall Street Journal (WSJ). "A investigação não foi conclusiva", continuou a gigante de material esportivo.

"Não surgiu nenhum conjunto de fatos que nos permitiria fazer uma declaração substantiva sobre o assunto. Seria impróprio para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer fatos que a respaldem", afirmou.

"Neymar Jr. se defenderá contra esses ataques infundados caso alguma denúncia seja apresentada, o que não aconteceu até agora", respondeu a assessoria do jogador em comunicado, alegando que o astro do PSG e a Nike se separaram por motivos comerciais.

O término prematuro do patrocínio ocorreu em agosto de 2020 sem que nenhuma das partes divulgasse os motivos.

Neymar nega todas as acusações

No comunicado enviado à AFP, a Nike explicou que estava "profundamente preocupada com as acusações de agressão sexual feitas em 2018 por uma de suas funcionárias contra Neymar Jr".

Com base em documentos e relatos de testemunhas oculares, o WSJ informou que a funcionária disse a seus amigos, assim como a colegas, que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em 2016 enquanto ela estava em seu quarto de hotel em Nova York, onde trabalhava na coordenação e logística de um evento promocional com o jogador.

No comunicado, a Nike informou que estava pronta para investigar o incidente em 2018, quando a funcionária relatou o suposto assédio internamente, mas "respeitou o desejo inicial da funcionária de manter o assunto confidencial e evitar uma investigação".

A Nike explicou que, a pedido da mulher, não fez qualquer denúncia na justiça até 2019, quando a funcionária finalmente decidiu pela investigação do caso.

"Seguimos respeitando a confidencialidade da funcionária e também reconhecemos que esta tem sido uma experiência longa e difícil para ela", continuou a empresa.

Citando documentos e pessoas não identificadas, o WSJ relatou que a Nike contratou advogados do escritório Cooley LLP para começar uma investigação em 2019 e, enquanto isso, decidiu por não contar com Neymar em atividades de marketing.

A assessoria de Neymar disse ao WSJ que ambas as partes conversavam sobre o caso até 2019. "É muito estranho que um caso que supõe-se ocorreu em 2016, com acusações de uma funcionária da Nike, venha à tona apenas nesse momento", declarou ao jornal.

Em 2019, Neymar também foi acusado de estupro por outra mulher no Brasil. A acusação, que ele negou veementemente e acabou sendo retirada, abalou a imagem do astro.

O atacante de 29 anos anunciou um novo acordo de patrocínio com a Puma poucas semanas após o rompimento com a Nike.

A Nike patrocinou o atacante desde que ele era um prodígio de 13 anos.

No início deste mês, em meio a rumores sobre seu futuro esportivo, o atacante assinou uma prorrogação de seu contrato com o Paris Saint-Germain até o final da temporada 2024-2025.

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