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Neymar também recorre ao Carf para questionar dívidas com Receita

Assim como Guga, Neymar também questiona cobrança de multas e impostos pela Receita Federal

Neymar: jogador foi mulado em R$ 188 milhões e teve bens bloqueados (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Neymar: jogador foi mulado em R$ 188 milhões e teve bens bloqueados (Kai Pfaffenbach/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 07h52.

São Paulo - Depois de Gustavo Kuerten ter ido ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para tentar se livrar do pagamento de multas e impostos, o próximo atleta que pode se defender no órgão é Neymar.

Após ser multado pelo Fisco em R$ 188 milhões e ter os seus bens bloqueados, o craque do Barcelona possui dois processos em andamento no Carf.

Neymar não admite a dívida e, por isso, recorreu da cobrança ao Carf. As ações têm prioridade no julgamento porque, de acordo com o regulamento interno do Carf, processos com indícios de crime contra a ordem tributária podem furar a fila de ações.

Neymar deu entrada no Carf este ano e um dos casos já foi distribuído e teve a relatora sorteada. Será a conselheira Bianca Felicia Rothschild. O outro, após ficar mais de três meses parado, também foi para distribuição e sorteio.

O Carf é a segunda e última cartada de Neymar na esfera administrativa para se livrar da acusação de sonegação de impostos. Por causa da tramitação do caso no conselho, o juiz Mateus Castelo Branco, da 5.ª Vara Federal de Santos, acolheu pedido da família do jogador e rejeitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o jogador por sonegação fiscal e falsidade ideológica.

A justificativa foi de que a ação na Justiça contra Neymar e seu pai só poderia ser aberta após o esgotamento de todas as discussões na esfera administrativa. Ou seja, depois de o Carf julgar a defesa apresentada pelo jogador.

Em agosto, Neymar e seu pai desistiram de recorrer de sentença da Justiça Federal e pagaram cerca de R$ 460 mil à Receita Federal por dívidas fiscais por não declararem como salários valores pagos como direito de imagem no período em que o jogador defendia o Santos e por irregularidades nas empresas da família. Este mês, também pagaram mais R$ 70 mil, referentes a 15% do valor total da ação, em honorários advocatícios.

Bloqueio

Em outro processo, em setembro do ano passado, o desembargador Carlos Muta, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3.ª Região, determinou o bloqueio de R$ 188 milhões de Neymar e das empresas da família.

O jogador é acusado pela Procuradoria da Fazenda Nacional de sonegar impostos de 2011 a 2013, período que incluiu também a negociação da sua transferência para o Barcelona.

O jornal O Estado de S.Paulo entrou em contato com a assessoria de imprensa da N&N Consultoria, empresa da família de Neymar, mas o staff do jogador não se pronunciou sobre o assunto.

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