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Neymar rebate Nike sobre investigação de agressão sexual

A Nike disse que encerrou sua parceria com Neymar porque "o atleta se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações confiáveis de irregularidades cometidas a uma funcionária"

Neymar em partida do PSG. (Benoit Tessier/Reuters)

Neymar em partida do PSG. (Benoit Tessier/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de maio de 2021 às 16h35.

Última atualização em 28 de maio de 2021 às 22h28.

O atacante Neymar rebateu a fabricante de roupas esportivas Nike, nesta sexta-feira, dizendo que a afirmação da empresa de que encerrou a parceria entre as partes porque ele teria se recusado a cooperar em uma investigação sobre acusações de agressão sexual feitas por uma funcionária da Nike é um absurdo e mentirosa.

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Segundo reportagem publicada pelo Wall Street Journal na quinta-feira, a Nike --que tinha um contrato de longo prazo com Neymar-- disse que encerrou a parceria no ano passado depois que uma funcionária apresentou o que a empresa disse serem alegações "críveis" contra o jogador.

Neymar, que joga pelo Paris Saint-Germain, negou as acusações e disse não conhecer a funcionária em questão.

O incidente teria ocorrido em 2016, mas a funcionária inicialmente pediu para manter o assunto confidencial e a Nike só abriu a investigação em 2019, depois que a mulher manifestou interesse em uma ação judicial, de acordo com comunicado da Nike.

A Nike disse que encerrou sua parceria com Neymar porque "o atleta se recusou a cooperar em uma investigação de boa-fé de alegações confiáveis de irregularidades cometidas a uma funcionária".

Neymar rebateu no Instagram, dizendo: "Não me deram a oportunidade de me defender".

"Nunca tive nenhum relacionamento. Não tive sequer oportunidade de conversar, saber os reais motivos da sua dor. Essa pessoa, uma funcionária, não foi protegida. Eu, um atleta patrocinado, não fui protegido."

A Nike não respondeu imediatamente a um pedido de comentários sobre a declaração de Neymar.

"Eu realmente não entendo como uma empresa séria pode distorcer uma relação comercial que está apoiada em documentos. As palavras escritas não podem ser modificadas. Elas sim são muito claras", acrescentou Neymar.

"Desde os meus 13 anos, quando assinei meu primeiro contrato, sempre fui alertado: não fale sobre os seus contratos! Contratos são sigilosos! Contrariar essa regra e afirmar que o meu contrato foi encerrado porque não contribuí de boa-fé com uma investigação isso é absurdo, mentiroso."

Neymar escreveu que foi aconselhado a não falar mais sobre o acordo, mas uma nota encaminhada pela assessoria da Neymar Sport E Marketing Ltda, empresa estabelecida em seu nome, criticou a governança corporativa da Nike.

A nota disse que as declarações do advogado da Nike foram feitas "de forma indevida e irresponsável" e insinuou que o jogador revelaria mais sobre o caso em uma data futura.

"As medidas cabíveis já estão sendo adotadas e em breve os reais motivos poderão ser revelados e os fatos esclarecidos", disse o comunicado.

A disputa é a mais recente polêmica a assolar a carreira do jogador, que tem sido pontuada por escândalos dentro e fora de campos, desde criticar árbitros, disputas legais com os antigos clubes Santos e Barcelona, discutir com torcedores e até xingar seu próprio treinador enquanto estava no clube paulista.

Ele também foi acusado de estupro em um hotel de Paris em junho de 2019, embora Neymar tenha dito que o encontro com a mulher, uma modelo brasileira, foi consensual. Ele depois acusou a mulher de tentativa de extorsão.

As autoridades brasileiras desistiram da investigação contra Neymar nesse caso, alegando falta de provas, e posteriormente acusaram a modelo de difamação, extorsão e fraude processual. As acusações de difamação e extorsão foram rejeitadas em 2019 e ela foi absolvida da acusação de fraude em 2020.

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