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Netflix ajuda no avanço por diversidade, afirma estudo

Maior serviço de streaming do mundo cria oportunidades para mulheres, pessoas não brancas e comunidade LGBTQ, aponta relatório. Empresa promete criar fundo de US$ 100 milhões para promover equidade

Netflix: mais da metade dos programas da rede têm uma mulher como protagonista (Chesnot/Getty Images)

Netflix: mais da metade dos programas da rede têm uma mulher como protagonista (Chesnot/Getty Images)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 28 de fevereiro de 2021 às 08h59.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2021 às 09h00.

O primeiro estudo aprofundado da representação em filmes e programas da Netflix mostrou que o maior serviço de streaming do mundo tem ajudado a diversificar Hollywood, mas ainda há trabalho a fazer, especialmente atrás das câmeras.

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Conduzido por Stacy L. Smith, da Universidade do Sul da Califórnia, o relatório revelou que a Netflix está à frente de seus concorrentes, embora ainda atrasada em muitas áreas. A empresa tem um longo caminho pela frente para criar oportunidades para mulheres e pessoas não brancas atrás das câmeras, bem como para pessoas com deficiência ou que se identifiquem como LGBTQ na tela.

Juntamente com o relatório, a Netflix prometeu US$ 100 milhões para programas que darão às mulheres e minorias mais oportunidades de fazer sucesso em Hollywood. O Netflix Fund for Creative Equity desembolsará os fundos ao longo de cinco anos para grupos que trabalham com membros de comunidades sub-representadas, bem como para programas internos que identificam, treinam e fornecem empregos para novos talentos.

“Juntos, acreditamos que esses esforços ajudarão a acelerar a mudança que Smith defende há tanto tempo - criando um legado duradouro de inclusão no entretenimento”, escreveu o codiretor-presidente da Netflix, Ted Sarandos, em post anunciando o fundo.

O estudo, que acompanhou a programação com roteiros durante 2018-2019, observou muitas áreas em que a Netflix superou seus concorrentes. Pouco mais de 54% de seus programas tinham uma mulher como protagonista, e quase metade de seus filmes também. Quase 30% dos protagonistas ou coprotagonistas eram de um grupo étnico sub-representado. Mas a Netflix falhou em retratar alguns grupos, como latinos e pessoas com deficiência.

“Esta auditoria é histórica porque é a primeira vez que uma grande empresa de conteúdo lança um olhar realmente abrangente em como está se saindo na tela e atrás das câmeras”, disse Smith em entrevista. “Eles se comprometeram em criar referências ao longo do tempo e monitorar, e espero que outros façam o mesmo.”

Smith lidera a Annenberg Inclusion Initiative, da USC, que tem publicado estudos expondo o histórico de Hollywood sobre diversidade de gênero e representação na tela por anos.

A Netflix financiou a pesquisa de Smith, mas ela disse que a empresa não teve nenhuma influência no estudo, que é semelhante ao que conduziu para o Festival de Cinema de Sundance.

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