Casual

Nem Jerry Lewis esquenta Até que a Sorte nos Separe 2

Apesar de trocar o Rio de Janeiro por Las Vegas e Danielle Winits por Camila Morgado, sequência é idêntica ao filme anterior

Até que a sorte nos separe 2: tudo no filme é criado para Hassum mostrar seu humor histriônico, que não funciona tão bem como no primeiro filme (Reprodução)

Até que a sorte nos separe 2: tudo no filme é criado para Hassum mostrar seu humor histriônico, que não funciona tão bem como no primeiro filme (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 08h50.

São Paulo - Era inevitável, depois do sucesso do primeiro "Até que a Sorte nos Separe" (2012) - a maior bilheteria nacional do ano passado - ser produzida uma continuação que, apesar de trocar o Rio de Janeiro por Las Vegas e Danielle Winits por Camila Morgado, é idêntica ao filme anterior.

Aqui, novamente, Tino (Leandro Hassum) ganha uma bolada de dinheiro inesperada, que poderia salvar sua vida das dívidas, mas ele acaba perdendo tudo.

O dinheiro, dessa vez, vem da herança de um tio rico que morreu com pouco mais de 100 anos e deixou a fortuna para ser dividida entre sua sobrinha, Jane (Camila), e a mãe dela (Arlete Salles), que, aliás, odeia Tino.

O único pedido do falecido é para que suas cinzas sejam jogadas no Grand Canyon por alguém que o amou de verdade. Como nem a sobrinha ou a irmã gostavam muito dele, a questão é conseguir alguém para cumprir a tarefa. Mas, claro, isso é o de menos, no roteiro de Paulo Cursino e Chico Soares.

O cenário do Grand Canyon é apenas uma desculpa para os personagens irem a Las Vegas e Tino perder tudo numa mesa de pôquer, frequentada por sósias de Oprah, Johnny Depp e Stallone, e ser perseguido por um matador mexicano (Charles Paraveti).

Tudo é criado para Hassum mostrar seu humor histriônico, que não funciona tão bem como no primeiro filme.

Em sua primeira cena, Camila Morgado tem uma fala que "explica" a troca de atrizes: "Eu sou uma nova mulher, mudei completamente". Mas seu melhor momento é mesmo quando faz uma paródia de si mesma em sua atuação no drama "Olga" (seu primeiro filme).


Las Vegas é repleta de luz, dinheiro e excesso de cafonice -- o que cai bem ao gosto dos personagens, seduzidos pelas cópias baratas de cidades e monumentos famosos. Além disso, é de se pensar o que fez o veterano ator norte-americano Jerry Lewis topar uma participação em duas cenas (que somadas não devem dar um minuto), que não fazem jus ao seu talento como comediante.

Já o lutador Anderson Silva faz uma espécie de paródia de si mesmo, no papel de um segurança.

Roberto Santucci dirige esse filme da mesma forma como fez o primeiro e a franquia "De Pernas pro Ar" -- sem deixar qualquer tipo de marca pessoal. É o tipo de humor padronizado que em nada difere daquele praticado na televisão.

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Acompanhe tudo sobre:ArteCinemaEntretenimentoFilmesHumoristas

Mais de Casual

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no fim de semana

I Am Creation: plataforma de filmes de arte explora o design holístico e o conceito do 'morar'

Carro elétrico chinês 'queridinho' do CEO da Ford bate recorde de velocidade

Feira na Índia mostrará talentos do país na arquitetura e no design; veja datas