Nelson Piquet: ex-piloto campeão mundial de F1 (YouTube/Reprodução)
Agência O Globo
Publicado em 29 de junho de 2022 às 14h15.
Última atualização em 29 de junho de 2022 às 14h26.
O ex-piloto brasileiro Nelson Piquet se manifestou pela primeira vez nesta quarta-feira após o resgate de um vídeo (veja abaixo) em que se refere a Lewis Hamilton de forma racista. Através de comunicado, o brasileiro pediu desculpas ao heptacampeão da Fórmula-1 e "todos que foram afetados".
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"O que eu disse foi mal pensado, e eu não vou me defender por isso, mas eu vou deixar claro que o termo é um daqueles largamente e historicamente usados de forma coloquial no português brasileiro como sinônimo de 'cara' ou 'pessoa' e nunca com intenção de ofender. Eu nunca usaria a palavra que estou sendo acusado em algumas traduções. Condeno veementemente qualquer sugestão de que a palavra tenha sido usada por mim com o objetivo de menosprezar um piloto por causa de sua cor de pele", disse.
Ele continuou, condenando as traduções usadas para o termo, já que a polêmica atingiu a mídia internacional.
"Eu me desculpo com todos que foram afetados, incluindo Lewis, que é um grande piloto, mas a tradução em algumas mídias e que agora circula nas redes sociais não é correta. Discriminação não tem espaço na F1 ou na sociedade e estou feliz em deixar claro meus pensamentos sobre isso" finalizou.
Piquet gerou uma onda de críticas no mundo do automobilismo após sua fala. A polêmica aconteceu no ano passado, mas veio à tona nesta semana. O ex-piloto chamou Hamilton de “neguinho” durante uma entrevista dada a um canal no YouTube. O contexto era uma comparação entre manobras: o brasileiro havia sido perguntado se uma tentativa de ultrapassagem feita por Max Verstappen sobre o inglês, no GP de Silverstone do ano passado, era similar a uma feita por Ayrton Senna, em prova realizada em 1990.