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Não é da Balenciaga: o tênis destruído da Reserva

O sneaker em verão destroyed foi vendido por 599 reais e os oito pares esgotaram em quatro horas

O tênis destruído da Reserva: renda revertida (Reserva/Divulgação)

O tênis destruído da Reserva: renda revertida (Reserva/Divulgação)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 12 de maio de 2022 às 18h39.

Última atualização em 12 de maio de 2022 às 18h51.

A grande notícia da semana (talvez do ano) no mundo da moda foi o tênis destruído da Balenciaga. A Reserva, que nas palavras do próprio fundador Rony Meisler é mais um veículo de comunicação do que uma marca de vestuário, lançou hoje sua própria versão de um tênis “destroyed”.

O tênis da Balenciaga se chama Paris e foi vendido a 10 mil reais na versão de cano alto. O sneaker da Reserva, marca quehoje faz parte do grupo Arezzo, é uma edição de colecionador do modelo clássico Type R e saiu com um preço quase 20 vezes inferior, 599 reais. Os oito pares lançados no site se esgotaram hoje mesmo, em cerca de quatro horas.

A Reserva conseguiu assim fazer o seu melhor: barulho. E para uma boa causa. A renda das vendas foi revertida para o Projeto Ímpar, que tem como propósito a destinação de calçados para pessoas com deficiência denominadas como unípedes, que possuem apenas um pé).

O que explica o tênis de 10 mil reais da Balenciaga?

“O lançamento do tênis destruído repercutiu muito nas redes e a principal pergunta era ‘por que comprar algo surrado e com aspecto de sujo?’. Decidimos então aproveitar a comoção para ajudar quem precisa, mostrando que as pessoas poderiam comprar um tênis como uma obra de arte para calçar milhares de pessoas pelo Brasil”, conta Rony Meisler, CEO da AR&Co e fundador da Reserva.

Tênis Paris, da Balenciaga: sucesso nas redes (Balenciaga/Reprodução)

As fotos dos tênis excessivamente destruídos da grife espanhola Balenciaga são versões exageradas e de edição limitada. Apenas 100 pares desses senakers acabados foram colocados à venda. Versões menos acabadas estão sendo vendidos pelo equivalente e 3.600 reais.

Segundo a marca, há uma crítica embutida em um sapato parecido a uma natureza morta, que é a o impacto do consumo no planeta. No caso da Reserva, a renda revertida não é expressiva, mas ajuda a chamar atenção para uma causa nobre. É uma equação certa: um produto instagramável mais propósito é igual a um tênis de milhões, que certamente estarão sendo revendidos por aí por cifras ainda maiores.

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