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Nada de quiet Luxury: o momento da Dolce & Gabbana, segundo Alfonso Dolce

Diretor-executivo da marca reflete sobre identidade, novas gerações e mercado brasileiro de moda em entrevista à EXAME Casual

Alfonso Dolce: desafio de conciliar a tradição da marca italiana com os gostos das novas gerações de consumidores  (Dolce & Gabbana/Divulgação)

Alfonso Dolce: desafio de conciliar a tradição da marca italiana com os gostos das novas gerações de consumidores (Dolce & Gabbana/Divulgação)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de Casual

Publicado em 19 de novembro de 2025 às 06h14.

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Enquanto parte do mercado de moda de luxo mergulha de cabeça em um estilo mais sóbrio, navegando no oceano conservador do quiet luxury, algumas marcas seguem a tradição e a identidade da alta-costura: a riqueza de detalhes em bordados, acabamentos, recortes únicos e estampas variadas. É o caso da Dolce & Gabbana.

Nos últimos anos, a marca passou por um período de adaptações e crescimento em meio a desafios globais. Expandiu o portfólio para itens de beleza e de decoração de casa, passou a trabalhar com mais tecnologia e lançou coleções de olho no público mais jovem.

Manter a marca nos eixos, adaptada à realidade, mas sem perder a essência, é o trabalho de Alfonso Dolce, atual diretor-executivo da Dolce & Gabbana. Ele conversou com a Casual EXAME em passagem pelo Brasil.

O movimento de quiet luxury tem tomado o mercado de moda. É o oposto do que a Dolce & Gabbana faz.

Quando compra um produto da Dolce & Gabbana, você não necessariamente se encanta pelo item em si, mas pela cultura. Você compra longevidade e educação. É como quando você vai a um museu e passa uma hora em frente a uma obra de arte. O que você acha que fica na sua memória e no seu coração? Você compra o produto para usar hoje ou amanhã, mas, no final, está comprando a emoção. E isso vai muito além de tendências de moda que podem ser passageiras.

Qual é sua percepção sobre o mercado brasileiro de moda e quanto ele é representativo para a Dolce & Gabbana?

Há uma combinação entre a autenticidade da Dolce & -Gabbana com a autenticidade brasileira.  Assim como os italianos, vocês adoram, amam as cores. É um povo energético em termos de relação e experiência, uma cultura elegante, sofisticada.

Como conectar a Dolce & Gabbana com as novas gerações e manter a marca longeva?

Se você mantém a consistência em sua identidade e, ao mesmo tempo, ajusta a linguagem contemporânea para a nova geração, com diferentes abordagens de tecnologia, com novas estampas, recortes e novos produtos, você se mantém longevo. Independentemente da idade, por que alguém compra Dolce & Gabbana, Chanel, Dior, Gucci ou outras marcas? É a compra de uma cultura, de uma identidade. E eu vejo a nova geração empenhada nisso, porque ela reconhece a história também no mercado de luxo.

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