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My Way de Giorgio Armani, o primeiro perfume com neutralidade de carbono

Após 25 anos do lançamento de Acqua de Gio, My Way continua afirmando os compromissos de Giorgio Armani com a sustentabilidade, mas com inovações, como a neutralidade de carbono e projetos sociais e sustentáveis com comunidades

A fragrância My Way, de Giorgio Armani é o primeiro item carbono neutro da marca. (L'Oréal/Divulgação)

A fragrância My Way, de Giorgio Armani é o primeiro item carbono neutro da marca. (L'Oréal/Divulgação)

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Julia Storch

Publicado em 23 de julho de 2021 às 14h18.

Última atualização em 28 de julho de 2021 às 15h41.

“No mercado de fragrâncias trabalhamos muito com o conceito da sedução”, conta Rachele Montellano, diretora de marca da L'Oréal Luxo. “Com My Way, trazemos uma mensagem completamente diferente, sobre os encontros, sejam estes com culturas, com as pessoas, com uma comida enriquecem e transformam a vida”, complementa. Com o lançamento da fragrância My Way de Giorgio Armani, a marca traz à tona questões e implementações sustentáveis e sociais

Em entrevista a Casual, Montellano e Maya Colombani, diretora de sustentabilidade do Grupo L'Oréal, falam sobre a virada de chave com o novo item do portfólio.

O consumo de luxo mudou com a geração Z. Focados na atitude, os jovens nascidos entre 1995 e 2010 preferem investir em experiências e viagens, ao passo que há dez anos os consumidores preferiam gastar em itens de luxo como bolsas. “Hoje as pessoas valorizam muito mais a experiência do que o bem material. Trazemos em My Way esta conversa com essa consumidora curiosa e aberta ao mundo”, explica Montellano.

Porém, as mudanças não ficam apenas na comunicação. Após 25 anos do lançamento de um dos perfumes mais vendidos no mundo, Acqua de Gio, My Way continua afirmando os compromissos de Giorgio Armani com a sustentabilidade, mas com inovações. A nova fragrância é a primeira do grupo L’Oréal comprometida com a neutralidade de carbono.

Há mais de 20 anos trabalhando na L’Oréal com o engajamento da empresa em pautas sustentáveis, Colombani comenta sobre a mudança dos consumidores e da marca.

“Esta nova geração quer mais ações, mais protagonismo social e mais respeito ao meio ambiente. A biodiversidade está entrando em colapso, teremos escassez de água de duas entre três pessoas até 2030. Com o crescimento da pauta esg, há uma transformação de nossos negócios. A sustentabilidade não é uma expertise em paralelo, mas que está no coração da empresa”, diz.

Após calcular o impacto de emissões de carbono no primeiro ano de lançamento da fragrância, e chegar ao valor de 7.000 toneladas, a marca se compromete em repor as emissões e continuar com a missão nos próximos anos. Para isso, desde o ano passado a Armani Beauty criou um projeto de preservação em Madagascar para proteger 650 hectares de floresta úmida e sua biodiversidade única no Corredor Ankeniheny-Zahamena (CAZ). 

Na floresta tropical de Madagascar está um dos ingredientes do perfume, a baunilha. Com processo de produção artesanal, a empresa se uniu aos fornecedores locais em colaboração com a ONG local Fanamby, a fim de promover a inclusão social através do trabalho para pessoas vulneráveis. O programa diversifica as receitas para melhorar a subsistência local, com apoio aos produtores no cultivo de arroz e café.

O mesmo acontece com os outros ingredientes. “A tuberosa indiana, por exemplo, não queremos cair no fornecimento simples e fácil, mas que tenha valor e beneficie os produtores na aldeia de Tirumakudal Narsipur, na Índia”, traz Colombani.

O perfume de 50 ml (R$ 319) pode ser reabastecido com o refil de 150 ml (R$ 719), reduzindo o preço e o impacto ambiental. (L'Oréal)

Com a responsabilidade sustentável pensada para todos os aspectos do produto, pela primeira vez na indústria de fragrâncias de luxo foi desenvolvido um sistema de refil sem desperdício. Conectado ao frasco da fragrância o reabastecimento é 100% automático. 

Com o refil de de 150 ml são reduzidos em até 32% o uso de papelão, além de uma diminuição de 55% no uso de vidro, menos 64% de plástico e uma redução de 75% no uso de metal, em comparação com quatro frascos de spray de 50 ml da fragrância. 

Há mais de 15 anos, o Grupo L’Oréal reduziu em 78% as emissões de carbono de suas plantas e centros de distribuição. Até 2025, a Armani Beauty também se compromete a reduzir ainda mais sua pegada de carbono em mais 25% e a atingir a neutralidade de carbono para todos os seus produtos. 

Com mais de 1,5 bilhão de consumidores da L’Oréal no mundo, a diretora de sustentabilidade espera que a beleza do futuro seja “mais natural, inclusiva, engajada, diversa”, finaliza.

Todos os projetos e ações da empresa podem ser consultados no relatório de transparência da L’Oréal. 

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