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Músicos de diversas gerações homenageam B B. King

Lenny Kravitz e Bryan Adams exaltaram a grandiosidade do rei do blues, que morreu aos 89 anos nesta quinta-feira


	O rei do blues B.B. King: seu estilo não era marcado pela velocidade ou acordes amplos, e sim em notas sustentadas e bem escolhidas
 (Getty Images)

O rei do blues B.B. King: seu estilo não era marcado pela velocidade ou acordes amplos, e sim em notas sustentadas e bem escolhidas (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2015 às 09h43.

A lenda do blues B.B. King, um dos maiores guitarristas de todos os tempos e que inspirou gerações de músicos durante sua longa carreira, faleceu aos 89 anos na quinta-feira.

Uma das filhas do artista, Patty King, confirmou ao canal CNN que o pai morreu na quinta-feira à noite

O rei do blues, que fez shows até o ano passado, informou no dia 1º de maio em um comunicado que estava recebendo tratamento médico paliativo em sua casa de Las Vegas.

A notícia da morte de King provocou uma série de homenagens de músicos de todas as gerações, que consideravam King uma referência.

"BB, qualquer um poderia interpretar mil notas e nunca chegar a dizer o que você dizia com apenas uma delas. #RIP", escreveu no Twitter o músico Lenny Kravitz.

O cantor canadense Bryan Adams também fez sua homenagem no Twitter: "RIP BB King, um dos melhores guitarristas de todos os tempos, talvez o melhor. Ele podia fazer mais que qualquer um com apenas uma nota".

Nascido em uma família pobre do Mississippi como Riley B. King, a futura lenda aprendeu a tocar uma guitarra que ganhou do proprietário de uma plantação quando tinha 12 anos.

King aprendeu a dominar o instrumento, que mais tarde passou a chamar de Lucille.

Entre suas apresentações históricas está um show em 1968 no Fillmore West de San Francisco, na época um paraíso para os hippies. Um ano depois foi o artista que abriu 18 shows dos Rolling Stones nos Estados Unidos.

Ele interpretava sua música assinatura, "The Thrill is Gone", que refletia a angústia tão característica do blues, com dedilhados curtos.

Em 2003, a revista Rolling Stone o considerou o terceiro guitarrista mais importante da história, atrás de Jimi Hendrix e Duane Allman, mas à frente de Eric Clapton.

Seu estilo não era marcado pela velocidade ou acordes amplos, e sim em notas sustentadas e bem escolhidas.

King chegou a fazer mais de 300 shows por ano. Apesar de sofrer de diabetes crônica nas últimas duas décadas, até recentemente manteve uma agenda de turnês que cansaria músicos muito mais jovens que ele.

"Tenho uma doença que acredito que pode ser contagiosa", declarou King à AFP em uma entrevista em 2007.

"Se chama 'preciso de mais'", completou.

Um dos motivos que levava King a seguir na estrada, em turnê, era a esperança de manter o blues vivo.

"Com exceção da rádio por satélite, hoje você não escuta blues no rádio", disse à AFP.

"Assim, uma das razões pelas quais viajo tanto é porque posso levar a música às pessoas".

Muito influente, King gravou com Eric Clapton o álbum "Riding with the King", premiado com um Grammy, um dos 15 que a lenda do blues recebeu durante toda a carreira.

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