Casual

Mulheres de classe alta perdem renda e gastam menos na quarentena

Oito entre dez entrevistadas com rendimento mensal familiar de R$ 43 mil reduziram as compras com a pandemia do coronavírus, diz pesquisa

Mulheres de classe alta: perda de 29% da renda familiar na quarentena (Guido Mieth/Getty Images)

Mulheres de classe alta: perda de 29% da renda familiar na quarentena (Guido Mieth/Getty Images)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 1 de junho de 2020 às 12h21.

Última atualização em 1 de junho de 2020 às 12h59.

Sim, a crise também bate no topo da pirâmide, ainda que com consequências muito, mas muito mais amenas do que em relação à maioria da população. Pesquisa realizada com mulheres de alta renda da cidade de São Paulo mostrou que, com a pandemia do coronavírus, elas estão gastando menos, tiveram queda de rendimento e acreditam que reduzirão o ritmo de consumo daqui por diante.

Oito entre dez mulheres disseram que estão gastando menos nesse período de quarentena. A renda mensal familiar das entrevistadas era de R$ 43.280 antes da pandemia se alastrar. Com a crise, os rendimentos já tiveram uma redução de 29%. E elas acreditam que, após esse período de isolamento, aquela renda inicial terá uma diminuição de 22%.

A pesquisa foi resultado de uma parceria entre três empresas: a Artsoul,  marketplace de arte contemporânea; a Back in B, consultoria de negócios de moda e varejo; e o Instituto Qualibest, empresa de pesquisa de mercado digital. Foram entrevistadas 405 mulheres da cidade de São Paulo. A faixa etária predominante foi de 45 a 55 anos, com 34% das respondentes, seguida de 56 a 64 anos (31%) e até 44 anos (21%).

Quase um terço das entrevistadas afirmou que não está comprando nada além de itens de alimentação e farmácia. Ao contrário do que se poderia supor, somente uma em cada cinco mulheres gastou em moda, incluindo roupa de ginástica e pijama. Também uma em cada cinco respondentes comprou utensílios de casa e cozinha. E apenas uma em cada dez gastou com livros.

Do total, 81% já tinham o hábito de comprar online, enquanto 12% passaram a utilizar o e-commerce pela primeira vez. Enquanto 4% nunca fizeram uma compra sequer no ambiente virtual mas pretende adotar o hábito no futuro, 3% jamais realizaram e nem pretendem começar.

Fora do ambiente do consumo, 89% das entrevistadas têm assistido lives ou webinars durante o período de isolamento. Os temas preferidos são música (39%), cozinha (38%), economia (29%), medicina (26%), educação (23%) e a pandemia (23%). Entre os principais influenciadores que elas seguem estão a blogueira Silvia Braz, o filósofo Leandro Karnal e a chef Rita Lobo. Outros nomes que aparecem com destaque são Bruno Astuto, Ricardo Amorim, Consuelo Blocker, Luiz Felipe Pondé e Caio Coppola.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoCoronavírus

Mais de Casual

Esta rua superou a Quinta Avenida, em Nova York, como a mais cara do mundo para varejo

Os sucessos do cinema e a magia dos contos de fada ganham vida nos Parques Temáticos da Disney

Qual a diferença entre vinho orgânico, biodinâmico, convencional e natural

Hyrox: a nova competição fitness que está conquistando o mundo