Japão: país precisou mudar cidade das competições por conta das condições climáticas (STR/AFP/Getty Images)
Reuters
Publicado em 8 de agosto de 2021 às 16h12.
Última atualização em 8 de agosto de 2021 às 20h31.
As temperaturas cada vez mais altas ao redor do mundo poderiam levar a uma grande reflexão sobre quando grandes eventos esportivos devem ser realizados, afirmou o presidente da federação mundial de atletismo, Sebastian Coe, neste domingo, após mais um dia brutal para os atletas na maratona masculina da Olimpíada Tóquio 2020.
A maratona e a marcha atlética foram transferidas de Tóquio para a cidade de Sapporo, no norte e supostamente mais fresca, mas houve pouco alívio, com temperaturas acima dos 30 graus Celsius mesmo com largadas no começo da manhã.
O calor e a umidade foram uma questão em Tóquio, onde especialmente atletas de resistência - mesmo os que estão acostumados a treinar em climas quentes - passaram por extremas dificuldades.
“Foram condições difíceis e bem possível que tenhamos as mesmas temperaturas em Paris em 2024”, disse Coe.
“Nas seletivas dos EUA em Eugene (sede do Mundial de Atletismo do próximo ano), a temperatura foi acima de 40 graus. É um desafio que todos precisaremos encarar e provavelmente exigirá uma conversa global sobre o calendário e como organizamos eventos”.
“Não sou climatologista, mas a realidade é que, aonde quer que formos, a nova norma é lidar com condições climáticas realmente adversas”.
Os Jogos de Tóquio 1964 foram realizados em outubro, assim como os da Cidade do México em 1968. Seul 1988 e Sydney 2000 foram em setembro, mas o normal para cidades no hemisfério norte tem sido julho ou agosto.
A Copa do Mundo do próximo ano, no Catar, foi transferida do meio do ano para novembro/dezembro para evitar o pior momento de calor.