Cinema: objetivo é inserir os filmes produzidos por cineastas espanhóis nos circuitos comerciais da América Latina (MorgueFile)
Da Redação
Publicado em 8 de novembro de 2013 às 08h30.
Rio de Janeiro - A Espanha trouxe ao Brasil nesta quinta-feira uma mostra cinematográfica com um amplo leque de gêneros, voltada para os distribuidores, com o objetivo de inserir os filmes produzidos por cineastas espanhóis nos circuitos comerciais da América Latina.
O ciclo, chamado "Constelaciones", está composto por 17 filmes espanhóis, foi organizado pela Fundación SGAE (Sociedad General de Autores de España), encerrou ontem uma semana de exibições em Buenos Aires e começou hoje outra no Rio de Janeiro.
O presidente da Fundación SGAE, Antonio Onetti, explicou à Agência Efe que a mostra pretende "divulgar" na América Latina cineastas que na Espanha "são muito importantes e conhecidos" e que podem fazer sucesso nesses países.
"O público mais especializado conhece Isabel Coixet, Gracia Querejeta e (Enrique) Urbizu, mas o grande público não. Para isso, os distribuidores têm que apostar neles. Esta mostra é atualmente nosso carro-chefe", disse Onetti.
A programação do ciclo foi elaborada com a ajuda de distribuidores locais, que contribuíram para escolher filmes com "mais possibilidades" de "subir esse degrau", o que significa passar de um festival para a distribuição comercial, segundo o presidente da Fundación SGAE.
A exposição inclui filmes que têm uma aceitação "muito mais difícil" para um público comercial na América Latina, entre os quais Onetti citou "Sueño y silencio", de Jaime Rosales, e "Mapa de los sonidos de Tokyo", de Isabel Coixet.
Também foi levado à mostra nesses países filmes que o responsável da SGAE acredita "que podem chegar a um público mais amplo", como as fitas de ação "Cela 211", de Daniel Monzón, e "No habrá paz para los malvados", de Enrique Urbizu.
O presidente da Fundación SGAE explicou que alguns cineastas espanhóis são muito conhecidos em alguns países latino-americanos e praticamente desconhecidos em outros mercados, o que acontece por causa dos distribuidores, além das preferências e tendências nacionais.
"Alex de la Iglesia, com o qual encerramos a mostra na Argentina, é muito conhecido por lá, uma figura importantíssima, por outro lado a (o hispano-chileno Alejandro) Amenábar praticamente não é conhecido", exemplificou.
Onetti afirmou que, no próximo ano, a SGAE "com certeza" gostaria de levar a mostra para o México e disse estar "pensando" em também levá-la para a Colômbia e o sul dos Estados Unidos.
"Este trabalho não tem efeitos imediatos, queremos estabelecer contatos a médio prazo, gerar interesse no distribuidor pelo autor e, talvez, da próxima vez eles decidam comprá-lo", concluiu.