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Morre diretor de fotografia alemão Michael Ballhaus

Sua obra engloba, aproximadamente, 130 filmes para cinema e TV, entre eles 15 com Fassbinder e sete com Scorsese

Michael Ballhaus: no ano passado ganhou o Urso de Ouro honorário, em homenagem a uma carreira única que contribuiu à liberdade artística do novo cinema alemão (Fabrizio Bensch/Reuters)

Michael Ballhaus: no ano passado ganhou o Urso de Ouro honorário, em homenagem a uma carreira única que contribuiu à liberdade artística do novo cinema alemão (Fabrizio Bensch/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2017 às 16h30.

Berlim - O diretor de fotografia alemão Michael Ballhaus, que trabalhou em várias ocasiões com Martin Scorsese e Rainer Maria Fassbinder, morreu nesta quarta-feira em Berlim, aos 81 anos.

Fontes de sua editora - "DVA" -, citada por jornais da Alemanha, informaram da morte do profissional, que no ano passado ganhou o Urso de Ouro honorário, em homenagem a uma carreira única que contribuiu à liberdade artística do novo cinema alemão.

Ballhaus colaborou com personalidades do cinema de autor e marcou no momento certo a linguagem visual do cinema dos Estados Unidos, onde trabalhou por 25 anos.

Sua obra engloba, aproximadamente, 130 filmes para cinema e TV, entre eles 15 com Fassbinder e sete com Scorsese. O cineasta também colaborou com cineastas como Wolfgang Petersen, James L. Brooks, Mike Nichols e Francis Ford Coppola.

Entre seus filmes, um destaque é "Martha" (1974), de Fassbinder, quando empregou o giro de 360 graus, que acabou se tornando sua marca registrada.

Já no drama "A Cor do Dinheiro" (1986), sua segunda colaboração com Scorsese, Ballhaus deslizou a câmara em um movimento similar ao das bolas de bilhar.

Na comédia romântica "Uma Secretária de Futuro" (1988), de Mike Nichols, a sequência de abertura do filme é um giro espetacular da câmara em volta da Estátua da Liberdade para acabar no ferryboat de Staten Island.

Em 1990, ele foi presidente do júri do Festival de Berlim. Em 2006, foi condecorado pela Câmara do Festival de Berlim por sua contribuição ao cinema.

No ano passado, quando recebeu o Urso de Ouro Honorário, Ballhaus deu uma dica aos novos diretores de fotografia: a profissão requer "muita paciência" e "flexibilidade".

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