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Morre aos 95 anos a romancista chinesa Han Suyin

Han é autora de romances e ensaios políticos e históricos

Escritora de origem chinesa Han Suyin dando uma entrevista em 1977 (AFP)

Escritora de origem chinesa Han Suyin dando uma entrevista em 1977 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2012 às 15h56.

A escritora de origem chinesa Han Suyin, autora de romances e ensaios políticos e históricos, morreu nesta sexta-feira, aos 95 anos, em Lausanne (Suíça), onde morava.

Os funerais de Han Suyin, cuja morte foi reportada pela agência de notícias Nova China, citando sua família, estão previstos para a quinta-feira em Lausanne, segundo a agência suíça ATS.

Os vários romances e ensaios, assim como os encontros com Indira Gandhi, Mao Tsé-tung e Zhou Enlai renderam fama mundial a Han Suyin, que há muitos anos morava na Suíça.

Nascida em 1917 no norte da China, filha de um engenheiro chinês e de uma intelectual belga, Rosalie Chou recebeu educação europeia e só aprendeu o chinês após os 15 anos.

Depois de estudar medicina em China, Bélgica e Inglaterra, se tornou pediatra e chefiou uma clínica em Cingapura.

No entanto, após o primeiro casamento com um diplomata chinês em Londres, que se tornaria general e auxiliar de Chang Kaichek, Han Suyin abandonou a medicina e começou a escrever em chinês, inglês e francês.

Ela, então, se instalou em Hong Kong e publicou seu primeiro romance, "A Many-Splendoured Thing", que Henry King adaptou com grande sucesso para o cinema em 1955, em um filme intitulado em português como "Suplício de uma Saudade".

A principal obra da romancista é uma autobiografia em cinco volumes - "The Crippled Tree", "A Mortal Flower", "Birdless Summer", "My house has two doors" e "Phoenix Harvest" (1964-1979).

Ela também assinou as autobiografias de Mao e de seu premier, Zhou Enlai, além de um estudo sobre o Tibete.

Favorável ao maoísmo, a autora nunca aderiu ao Partido Comunista e rompeu com o regime após a Revolução Cultural, que chegou a defender em um primeiro momento.

Muito apegada ao país de origem, foi uma das poucas cidadãs estrangeiras a poder viajar à China comunista durante os dois primeiros anos de regime maoísta.

Elizabeth-Kuanghu Comber - seu nome no registro civil - voltou a ser casar duas vezes após a morte do esposo chinês, em 1947, durante a guerra civil: com um oficial inglês, em 1952, e com um coronel e engenheiro indiano, em 1960.

Ela também viveu uma aventura amorosa com um correspondente de guerra baseado em Cingapura, morto em 1950 na Coreia. A história serviu de inspiração para o romance "A Many-Splendoured Thing".

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