breaking bad (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 05h40.
Los Angeles - As séries de televisão "Modern Family" e "Breaking Bad" confirmaram seu favoritismo e venceram como melhor comédia e drama da televisão na 65ª edição dos Prêmios Emmy, o Oscar da televisão nos Estados Unidos.
O ator Neil Patrick Harris foi o encarregado de comandar a cerimônia realizada no Teatro Nokia de Los Angeles.
Os prêmios foram muito divididos, embora sem sorte para as indicadas latinas, a brasileira Morena Baccarin e a colombiana Sofía Vergara.
"Behind The Candelabra" foi o vencedor absoluto em número de prêmios este ano após somar três aos oito técnicos que já tinha ganhado em outra festa no fim de semana passado.
Além de ser o melhor longa-metragem para televisão, esta produção da HBO serviu para Michael Douglas e Steven Soderbergh ficarem com os primeiros Emmy de suas categorias. Douglas como melhor ator em minissérie ou filme para televisão e Soderbergh como diretor nessa mesma categoria.
David Fincher ganhou o prêmio de melhor diretor de série dramática por "House of Cards", que passará para a história como o primeiro prêmio da Academia da Televisão dos EUA para uma produção transmitida pela internet.
As séries "Modern Family", "Veep", "Breaking Bad" e "Homeland" travaram uma interessante queda de braço para saber qual vencia como melhor comédia e melhor drama.
"Modern Family" e "Breaking Bad", respectivamente, venceram, como antecipavam as previsões, embora com um leve sabor amargo.
Uma das grandes surpresas da festa foi a vitória de Jeff Daniels como melhor ator dramático por "The Newsroom", quando tudo apontava que Bryan Cranston ia ganhar seu quarto Emmy por "Breaking Bad".
"Neste tempo a televisão está cheia (de talento), é um grande momento para estar na televisão", disse Daniels à imprensa após receber sua estatueta.
"Estou feliz, mas surpreso", disse o ator, que ia comemorar seu prêmio "até o amanhecer", antes de embarcar para Atlanta e começar a rodar a sequência de "Debi & Lóide - Dois Idiotas em Apuros", o que ele qualificou como uma "queda livre intelectual" a respeito de seu papel em "The Newsroom".
Cranston assegurou que a vitória como melhor drama era "a culminação de tudo" e uma grande forma para se despedir da série que termina sua transmissão este mês.
"O que eu queria é o que conseguimos", afirmou Cranston.
Mais aberta estava a disputa pelo prêmio de melhor ator em comédia que finalmente foi para Jim Parsons por "The Big Bang Theory", o segundo Emmy de sua carreira.
As previsões se concretizaram nas categorias principais de interpretação feminina onde Claire Danes repetiu seu prêmio de 2012 como melhor atriz de drama por "Homeland" e Julia Louis-Dreyfus que ficou com o Emmy equivalente em comédia por "Veep".
Laura Linney foi a melhor atriz em uma minissérie ou filme para televisão por "The Big C: Hereafter".
Nem Vergara ("Modern Family"), nem Baccarin ("Homeland") conseguiram o Emmy para o qual estavam indicadas nas categorias de melhor atriz coadjuvante em comédia e drama, respectivamente.
Para Vergara se tratava de sua quarta indicação consecutiva para um prêmio que ainda lhe falta; já Baccarin foi indicada pela primeira vez.
Merritt Wever ("Nurse Jackie") venceu Vergara e Anna Gunn ("Breaking Bad") ganhou na categoria de Baccarin, enquanto os melhores atores coadjuvantes do ano foram Tony Hale ("Veep") em comédia e Bobby Cannavale ("Boardwalk Empire") em drama.
A cerimônia teve seus momentos mais emocionantes nos tributos a Cory Monteith, Jean Stapleton, Jonathan Winters, Gary David Goldberg e James Gandolfini, que foi lembrado no palco por Edie Falco, a esposa de seu famoso personagem Tony Soprano em "The Sopranos".
A 65ª edição dos Emmys consagrou "Saturday Night Live" como o programa com mais prêmios de todos os tempos, 40, e confirmou "Mad Men" como o grande derrotado.
Entre 2012 e 2013 a série que fala sobre a vida de publicitários criativos acumulou 30 indicações, 12 este ano, com nenhuma vitória.