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Mo Farah volta a negar doping após nova denúncia inglesa

O atleta foi acusado de ingerir infusões de um novo suplemento que seria proibido

Mo Farah: disse estar "profundamente frustrado" por ter que reafirmar que "não fez nada de errado" (Facebook/Reprodução)

Mo Farah: disse estar "profundamente frustrado" por ter que reafirmar que "não fez nada de errado" (Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2017 às 15h12.

Londres - Dono de quatro medalhas de ouro em Olimpíadas, o corredor britânico Mo Farah voltou a negar o uso de qualquer substância proibida, neste domingo, ao rebater acusação feita por reportagem do jornal The Sunday Times. O atleta foi acusado de ingerir infusões de um novo suplemento, que seria proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

A revelação do jornal britânico teria por base documentos vazados pelo grupo hacker Fancy Bears. Segundo as informações publicadas neste domingo, o técnico Alberto Salazar teria administrado infusões com base na substância L-carnitina - que por si só não é proibida - aos atletas do Nike Oregon Project, seu grupo de trabalho, que inclui Mo Farah.

Por conta da nova acusação, o corredor britânico veio a público para se defender. Ele disse estar "profundamente frustrado" por ter que reafirmar que "não fez nada de errado".

"Sou um atleta limpo, que nunca quebrou as regras quanto ao uso de substâncias, métodos ou dosagens e é decepcionante que alguns setores da mídia, apesar dos fatos, continue a tentar me associar com alegações de doping", criticou o corredor.

"Já disse muitas vezes que todos devemos fazer tudo que pudermos para limpar o esporte e está completamente correto punir qualquer um que infringir as regras. Mas isso deve ser feito de forma adequada se a USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos) ou qualquer outra entidade tiver evidências de conduta errada. Deve ser publicado e alvo de ações, e não deixar que a mídia se torne juíza ou júri", declarou o dono de títulos olímpicos em Londres-2012 e no Rio-2016.

Como resposta aos dados publicados neste domingo, a USADA afirmou que os documentos divulgados pelo grupo hacker parecem fazer parte de um relatório ainda em elaboração por parte da agência antidoping.

No entanto, fez uma ressalva ao caso. "Nós entendemos que a agência ainda está avaliando o caso e, como estamos investigando se houve ou não quebra das regras antidoping, nenhum comentário será feito no momento", declarou Ryan Madden, porta-voz da USADA.

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