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Mix Brasil apresenta 138 filmes com temática LGBT em SP

Mesmo com dificuldades para conseguir patrocínio em um ano de crise, o festival Mix Brasil chega à 23ª edição maior que na edição anterior


	A bandeira do movimento LGBT: o festival exibe 138 filmes, dos quais 64 brasileiros e 74 de 26 outros países
 (Claudio Santana/AFP/AFP)

A bandeira do movimento LGBT: o festival exibe 138 filmes, dos quais 64 brasileiros e 74 de 26 outros países (Claudio Santana/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2015 às 19h47.

Mesmo com dificuldades para conseguir patrocínio em um ano de crise, o festival Mix Brasil chega à 23ª edição maior que na edição anterior.

Segundo João Federici, diretor artístico e executivo do festival, a crise provocou contenção de funcionários e de colaboradores no Mix Brasil, além de salários mais baixos, mas não prejudicou a programação do tradicional festival, que entrou este ano no calendário oficial de eventos de São Paulo.

“O que afetou foi o nosso grupo de pessoas colaborando e trabalhando conosco. Até a semana passada tivemos o risco de o festival não acontecer. Começamos o ano muito bem, após o festival de 2014 ter tido grande sucesso, com recorde de filmes, grande retorno e público de cerca de 50 mil participantes. Mas no segundo semestre tivemos um corte gigantesco, de um de nossos principais patrocinadores, e tivemos que começar do zero”, disse Federeci à Agência Brasil.

“Mas, por incrível que pareça, essa será uma de nossas maiores edições”, ressaltou. Segundo ele, isso ocorre por conta das parcerias que conseguiram fazer no decorrer deste ano. “Às vezes, na crise, conseguimos achar algumas outras formas de realizar as coisas. Mas, claro que com muito sofrimento e estresse, e pagando as pessoas com menos do que elas merecem. Mas ninguém vai sentir essa crise no festival”, enfatizou.

Com o slogan No Mix a Gente se Reinventa, o festival exibe 138 filmes, dos quais 64 brasileiros e 74 de 26 outros países. No ano passado foram apresentados 124 filmes. Haverá também uma seleção de 50 curtas-metragens nacionais, com uma sessão chamada Crescendo para a Diversidade, voltada para o público infantil. Também serão apresentados 11 espetáculos teatrais, oito atrações musicais, leituras dramáticas e performances. A homenageada deste ano é Suzy Capó, uma das fundadoras do evento.

Além disso, o Mix Brasil apresenta este ano a 1ª Conferência Internacional [Ssex Bbox] & Mix Brasil, entre os dias 17 e 22 de novembro, e promove palestras e debates com pesquisadores, ativistas, artistas e pessoas que vivenciam ou trabalham com questões relativas ao gênero e à sexualidade. A conferência pretende refletir sobre estratégias de enfrentamento à homofobia e à transfobia, e terá como convidados a cartunista Laerte Coutinho, o ativista e produtor Buck Angel e o deputado federal Jean Wyllys.

O festival não tem um tema único, mas a questão da família, que está tramitando no Congresso Brasileiro, deve permear muitas das discussões a serem abordadas no evento. “Não trabalhamos com um tema único, mas este ano estamos discutindo a questão de haver mais diálogo [na sociedade]. Estamos buscando diálogo”, disse o diretor.

A atriz Marisa Orth continua comandando o tradicional Show do Gongo, concurso que premia vídeos de até cinco minutos, com temática sobre a diversidade. O Show do Gongo está marcado para o dia 17 de novembro.

A programação completa do festival, que tem muitos eventos a preços populares, está disponível no site http://www.mixbrasil.org.br.

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