Exposição MAZE: obras do artista visual Gabriel Wickbold. (Divulgação/Divulgação)
Repórter de Lifestyle
Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 13h50.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2025 às 15h35.
O Museu da Imagem e do Som (MIS) inaugura, nesta terça-feira, 11, a exposição MAZE, do artista visual Gabriel Wickbold. A mostra apresenta uma nova série autoral composta por 13 obras que exploram, por meio de fotografias fragmentadas e entrelaçadas, a complexa relação entre identidade, imaginação, hereditariedade e criação. Com formação em Rádio e TV pela FAAP, Wickbold iniciou sua trajetória na fotografia em 2006, documentando comunidades ribeirinhas no Brasil.
Na série MAZE, Wickbold propõe uma interpretação visual que associa genealogia e memória coletiva. O artista utiliza fotografias em preto e branco de figuras "quase fictícias" de uma árvore genealógica, tanto pessoal quanto universal. Essas imagens são reconfiguradas em composições labirínticas que transcendem categorias de gênero, etnia ou contexto individual.
As obras foram produzidas com técnicas de manipulação digital e impressão em tecido sintético vulcanizado, provocando reflexões sobre a construção da identidade a partir de narrativas familiares, culturais e genéticas.
Ao mesmo tempo, o trabalho estabelece um diálogo conceitual com a fotografia enquanto registro e atestado de presença, subvertendo a linearidade da genealogia tradicional e apresentando imagens entrelaçadas que simbolizam fragmentos de identidade. Esses elementos conectam memórias ancestrais e contemporâneas, ampliando a compreensão da continuidade genética e cultural.
A exposição também destaca os aspectos técnicos das obras, que medem 120 x 180 cm. As peças combinam técnicas fotográficas tradicionais com processos de impressão em tecidos revestidos, criando texturas e dimensões que complementam a narrativa visual proposta pelo artista.
Com MAZE, Gabriel Wickbold convida o público a transitar por caminhos simbólicos que misturam ciência, arte e memória. Cada obra funciona como uma metáfora visual, permitindo aos visitantes revisitar suas próprias raízes e refletir sobre a conexão entre passado e futuro. A exposição se configura como um convite à introspecção e ao diálogo sobre a condição humana em suas múltiplas dimensões.