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Míriam Leitão e Matheus Leitão, seu filho, falam sobre ditadura e tortura

Jornalistas participam de conversa ao vivo promovida pela editora Intrínseca

MATHEUS LEITÃO: livro sobre a história de seus pais virou série da HBO  (Divulgação/Divulgação)

MATHEUS LEITÃO: livro sobre a história de seus pais virou série da HBO (Divulgação/Divulgação)

Guilherme Dearo

Guilherme Dearo

Publicado em 14 de abril de 2020 às 06h34.

Última atualização em 14 de abril de 2020 às 10h35.

Via live no Instagram, a editora Intrínseca (@intrinseca) promove hoje (14), às 17h30, conversa com a jornalista Míriam Leitão (TV Globo, jornal o Globo) e seu filho Matheus Leitão, também jornalista (G1). O bate-papo com os espectadores focará no livro de Matheus, "Em Nome dos Pais", e na série documental da HBO baseada no livro. O evento faz parte da série de lives que a editora vem promovendo em abril.

Em 2017, Matheus Leitão lançou pela Intrínseca "Em Nome dos Pais", livro-reportagem onde ele investiga o passado de seus pais como militantes políticos no período da Ditadura Militar no Brasil. No Espírito Santo, Miriam Leitão e Marcelo Netto integravam o PcdoB. Delatados por um companheiro, foram presos e torturados em 1972. Miriam estava grávida de um mês do primeiro filho do casal, Vladimir. Sem água, roupa e comida, foi trancada numa cela com uma jiboia. No livro, Matheus foi atrás do delator (Foades dos Santos) e até dos agentes responsáveis pelas sessões de tortura de seus pais. A jornalista falou pela primeira vez publicamente sobre o tema em 2014.

Em março, a HBO produziu, para o canal pago HBO Mundi, uma série documental em quatro capítulos baseada no livro. A série amplia as entrevistas do livro e traz conversas exclusivas, como explicação de historiadores e depoimentos do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso. Jair Bolsonaro também dá declaração, mas quando ainda era deputado federal.

Bolsonaro, aliás, já chamou Míriam Leitão de mentirosa em público, em 2019, afirmando que ela inventou ter sido torturada e que ela, como membro da esquerda, tentou instaurar uma Ditadura no Brasil. À época, o Jornal Nacional transmitiu nota ao vivo em defesa de Leitão, dizendo que as “afirmações do presidente causam profunda indignação e merecem absoluto repúdio. Em defesa da verdade histórica e da honra da jornalista Miriam Leitão, é preciso dizer com todas as letras que não é a jornalista quem mente.”

Editoras na quarentena

Editoras têm buscado manter contato com os leitores via redes sociais de modo a diminuir a distância e tentar reverter o prejuízo causado pelo cancelamento de eventos em livrarias, como lançamentos de livros com autógrafos.

A Todavia, por exemplo, promoveu em seu Instagram sessões chamadas "Plantão Todavia", onde seus editores respondiam questões sobre mercado editorial, literatura e design enviadas pelos espectadores.

Já a Companhia das Letra, via seu blog, criou a série Diários do Isolamento, com depoimentos de escritores sobre a quarentena.

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