Desfile da marca Dolce & Gabbana: inspirado nos pescadores da Sicília (AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2011 às 17h00.
Milão - Os desfiles de prêt-à-porter masculino para a temporada primavera-verão 2012 começaram este sábado, em Milão, com muita imaginação, mostrando trajes inspirados ora nos pescadores sicilianos (Dolce&Gabbana), ora em imaginários mensageiros de bicicleta nova-iorquinos (Frankie Morello).
O dia começou com modelos da 'maison' Costume National. "A inspiração é o rock'n'roll dos primórdios, mas olhando para o futuro", explicou o estilista Ennio Capasa.
"A energia inovadora dos anos 50 combina com a alfaiataria icônica da Costume National, feita com cortes a laser", acrescentou.
As cores foram, no entanto, algo tristonhas: muito cinza, preto, felizmente pontuado por um vermelho resplandecente para um aspecto geral surpreendente, assim como azul noite.
As peças clássicas foram apresentadas com originalidade: a jaqueta de motoqueiro, mais curta, chegava até o umbigo, as mangas sumiram das camisetas e a gravata foi reduzida a uma serpentina preta, tudo feito em linho, algodão ou lã leve, com toques de nylon e viscose.
Em Dolce&Gabbana, muito frescor e clima de verão. A rede de pescador apareceu sob todas as formas: jaquetas, camisas, shorts, calças, camisetas, em jogos de transparências e correntes. Os bolsos e os óculos de sol eram grandes.
O dueto de estilistas reeditou o macacão de aviador e de mecânico com tons de verde e bege. Os materiais foram algodão, mohair ou seda, e as cores, cinza, beringela, verde garrafa, café, sem esquecer do preto e do branco.
A camiseta branca era formal, mas o modelo sensação inglês David Gandly desfilou de cueca boxer, mostrando os músculos e causando frisson.
Os estilistas Maurizio Modica e Pierfrancesco Gigliotti, da casa Frankie Morello, sempre com um toque de loucura, imaginaram um mensageiro nova-iorquino de bicicleta, que não segue as regras, vestindo cores extremas e linhas desestruturadas para enfrentar a selva urbana.
"Nós nos inspiramos no ambiente de uma metrópole misturada com o estilo exótico e a mestiçagem cultural de Nova York", explicaram.
Com trajes de cores azul elétrico, laranja ácida, rosa bombom, não há risco de se passar despercebido pelas ruas da grande maçã.
O estilista Christopher Bailey, da Burberry, propôs estampas de estilos ameríndios ou africanos. Os suéteres pareciam enfeitados com colares indígenas e as cores eram quentes: telha, bronze, verde amêndoa, cinza.
O quepe de motorista adornado demonstrou ser um acessório indispensável.