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Michael Mussa, ex-economista-chefe do FMI, morre aos 67 anos

Ele passou a ocupar o cargo em 1991 e esteve nele durante as grandes crises financeiras na Rússia e no sudeste da Ásia no fim dos anos 1990

Mussa criticou em 2002 a maneira pela qual o FMI lidou com a crise financeira na Argentina  (Leslie E. Kossoff/AFP)

Mussa criticou em 2002 a maneira pela qual o FMI lidou com a crise financeira na Argentina (Leslie E. Kossoff/AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 07h47.

Washington - Michael Mussa, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) entre 1991 e 2001 e ex-conselheiro do presidente americano Ronald Reagan, morreu no domingo de um ataque cardíaco aos 67 anos, indicou o Peterson Institute, onde trabalhava atualmente.

Ocupando este posto no seio da organização internacional durante as grandes crises financeiras na Rússia e no sudeste da Ásia no fim dos anos 1990, Mussa criticou em 2002 a maneira pela qual o FMI lidou com a crise financeira na Argentina.

Criticou especialmente a instituição por não ter exercido pressão suficiente sobre o governo argentino para que corrigisse suas contas nos anos anteriores à crise, e também por ter dado apoio financeiro a ele quando era evidente que o país entraria em default.

"Mike Mussa era um dos economistas internacionais mais dotados de sua geração", considerou Fred Bergsten, diretor do Peterson Institute, um organismo muito respeitado de pesquisas econômicas.

Nascido em 1944 e diplomado na muito influente e liberal Universidade de Chicago, onde realizou a primeira parte de sua carreira como professor (1976-1991), com uma passagem posteriormente como membro do conselho econômico do presidente Reagan (1986-1988), Mussa se uniu ao FMI em Washington em 1991.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, expressou em um comunicado sua "grande tristeza" pela morte de Mussa.

"Durante cerca de uma década, (Mussa) serviu ao FMI e à comunidade internacional com grande distinção", disse Lagarde, saudando um "alto funcionário do mais alto calibre e um intelectual estimado que vai fazer falta".

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