'Meu Ayrton': documentário da HBO Max conta o outro lado na história de Ayrton Senna (Reprodução/ Instagram)
Repórter de Casual
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 17h51.
No aniversário de 30 anos da morte Ayrton Senna, a Netflix revisitou a história do piloto na minissérie ficcional Senna, protagonizada por Gabriel Leone. A produção foi a mais assistida de língua não-inglesa no fim de 2024, sobretudo em países europeus. Mas deixou mal-resolvido o relacionamento do piloto com Adriane Galisteu.
Quase um ano após a estreia do título, a HBO Max chega a novembro com o outro lado da história na série documental Meu Ayrton, por Adriane Galisteu. Em dois episódios de 45 minutos, a apresentadora fala a relação que construiu com Senna e revela bastidores inéditos. "Depois de 30 anos, esta história também merece ser contada…", disse ela em uma publicação no Instagram, no início do mês.
À época da estreia da minissérie da Netflix, o público questionou o pouco tempo de tela (dois minutos e 34 segundos) destinado à história de Galisteu. O assunto se tornou viral nas redes sociais devido a um suposto pedido da irmã do piloto, Viviane Senna, para que a apresentadora não fosse incluída no roteiro. A informação não foi confirmada nem por Viviane e nem pela Netflix.
Após a polêmica, ao final do ano passado, Galisteu agradeceu a comoção do público e emitiu um pronunciamento. "Todas as homenagens, sejam elas em forma de livro, filme, DVD, série, minissérie que dizem respeito ao Ayrton são todas maravilhosas, merecidas e muito, mas muito bem feitas".
Galisteu foi o último amor de Ayrton Senna. O casal se conheceu em 1993, durante uma festa, e ficou junto até a morte do piloto, em 1994. "Meu relacionamento com Ayrton foi o último ano e meio da vida dele. Essa história também me pertence. E foi uma história vivida intensamente, cheia de amor, cheia de diversão. Um Ayrton completamente diferente daquilo que vocês já viram", disse ela nas redes sociais, ao final de 2024.
O clima de inimizade entre a apresentadora e a família Senna não é novo. Ficou público em 1994, quando Galisteu publicou um livro sobre seu relacionamento com o piloto — e chegou a falar sobre ele em uma entrevista à Playboy —, e Viviane, em resposta, falou ao jornal francês Paris Match que acreditava que a apresentadora havia se promovido em cima da morte do irmão.
"Não posso falar sobre todos os problemas que essa moça causou à nossa família e que determinaram nossa posição. Se o fizesse, iria expor certos aspectos da vida privada de Adriane. Não tenho esse direito", disse a irmã de Senna ao jornal. "Se ela precisa de dinheiro, deveria trabalhar, como todo mundo, e parar de explorar a imagem de um morto."
A minissérie da HBO Max cederá o espaço para que Galisteu conte como foi o último ano de vida do piloto, quando ainda namoravam.
“Estamos muito felizes em anunciar essa produção. É a primeira vez que a Adriane assume o controle da narrativa e compartilha com o público as suas memórias; estamos muito orgulhosos de fazer parte dessa trajetória”, disse Adriana Cechetti, diretora na Warner Bros. Discovery Brasil, durante o Rio2C, quando a série foi anunciada.
A produção chega à HBO Max no dia 6 de novembro.