Agência de Notícias
Publicado em 14 de agosto de 2025 às 10h35.
O consumo de álcool nos Estados Unidos caiu para 54% dos adultos, o menor índice em quase 90 anos, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela empresa Gallup. O estudo também destaca um aumento nas preocupações com a saúde.
Em 2024, 58% dos entrevistados afirmaram consumir bebidas alcoólicas, como destilados, vinho ou cerveja, enquanto em 2023 eram 62%. Esse número é o mais baixo já registrado pela pesquisa desde que começou a perguntar aos americanos sobre o consumo de álcool, em 1939.
Este não é o primeiro registro de queda abaixo de 60%. Anteriormente, a Gallup observou 55% em 1958, 56% em 1989 e 58% em 1996. A pesquisa revela que a redução foi mais acentuada entre as mulheres (11 pontos a menos) do que entre os homens (5 pontos a menos), e também entre os adultos brancos.
A pesquisa também mostra que o consumo de álcool caiu 20 pontos percentuais entre os eleitores republicanos, enquanto entre os democratas a redução foi de apenas 3 pontos. Entre as diferentes faixas de renda, o consumo de álcool caiu 14 pontos entre as pessoas que ganham menos de US$ 40.000 por ano, 4 pontos entre as que ganham entre US$ 40.000 e US$ 99.999, e 13 pontos entre os que ganham mais de US$ 100.000.
De acordo com os pesquisadores, essa redução no consumo não parece estar relacionada ao aumento do uso de outras drogas, como a maconha (legalizada em quase metade do país), pois o uso dessa substância permaneceu estável nos últimos quatro anos. Em vez disso, o estudo sugere que a queda pode estar vinculada a uma maior conscientização sobre os danos causados pelo consumo de álcool.
Além disso, pela primeira vez desde o início da pesquisa, 53% dos americanos acreditam que o consumo moderado de álcool (um ou dois drinques por dia) é prejudicial à saúde, uma alta em relação aos 45% de 2023. Entre 2001 e 2011, esse número estava em torno de 25%.
Os mais jovens bebem menos e são mais propensos a acreditar que essas bebidas fazem mal à saúde. Além disso, aqueles que continuam a beber, consumem menos, com uma média de 2,8 drinques por semana, um número bem abaixo do recorde de 5,1 drinques por semana registrado em 2003.