O médico Conrad Murray foi condenado pelo homicídio involuntário de Michael Jackson
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2011 às 17h54.
Los Angeles - O médico Conrad Murray, de 58 anos, foi condenado nesta terça-feira a quatro anos de prisão pela morte de Michael Jackson, a maior pena possível para um caso de homicídio involuntário, segundo decretou o juiz Michael Pastor da Corte Superior do condado de Los Angeles.
O cardiologista cumprirá sua pena na prisão do condado e não em uma penitenciária estadual devido à lotação existente nas prisões californianas.
A expectativa é que Murray passe menos de dois anos atrás das grades e inclusive se especula que poderia cumprir parte da pena em sua casa.
Murray, de 58 anos, foi considerado culpado de uma série de graves negligências que causaram a morte do 'rei do pop' por uma intoxicação aguda de um anestésico hospitalar chamado propofol no dia 25 de junho de 2009.
Na sessão de hoje, Pastor desprezou o pedido da defesa para que seu cliente ficasse em liberdade pagando uma fiança por ausência de histórico criminal antes da morte de Jackson.
O juiz falou com dureza e acusou Murray de mentir repetidas vezes e de não demonstrar nenhum sentimento de culpa.
'Em um momento chegou a dizer que se sentia traído por Michael Jackson. Não só não se arrepende, mas culpa a vítima', disse indignado o juiz.
'Qualquer um que olhe para isto de forma objetiva tem que chegar à conclusão que Conrad Murray abandonou seu paciente e isso é uma vergonha para a profissão médica', comentou.
Pastor qualificou as ações de Murray como 'medicina horrível' e 'loucura médica' e especulou sobre as razões que o levaram a ignorar os padrões do cuidado sanitário, entre as quais citou 'dinheiro', 'fama' e 'prestígio'.
A Promotoria pediu ao juiz que condenasse Murray a pagar uma indenização de US$ 100 milhões ao fundo fiduciário de Jackson pelo cancelamento dos shows que o artista faria em Londres, mas essa decisão foi adiada para o dia 23 de janeiro do ano que vem.