Marta: jogadora foi substituída no fim do primeiro tempo e reclamou de pênalti não marcado nos acréscimos (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de junho de 2019 às 20h56.
Montpellier — Ao abrir o placar do jogo no qual a seleção brasileira foi derrotada por 3 a 2 pela Austrália, nesta quinta-feira (13), em Montpellier, na França, Marta se tornou a primeira jogadora da história a marcar gols em cinco edições da Copa.
Ela anotou 16 gols ao total, sendo que já havia deixado sua marca nas edições de 2003, 2007, 2011 e 2015 do Mundial.
Porém, a melhor jogadora do mundo destacou que estaria mais feliz se tivesse alcançado a marca histórica com uma vitória. "Estaria me sentindo muito melhor com uma vitória. Isso (o fato de marcar gols pelo quinto Mundial consecutivo) é mais um detalhe escrito na história do futebol feminino. Estou honrada, mas há mais a fazer neste torneio", disse a jogadora, que também não escondeu a decepção com o fato de a arbitragem, mesmo contando com o auxílio do VAR, não ter assinalado um pênalti sobre Andressa nos acréscimos do segundo tempo.
"Triste pelo resultado e por tudo que aconteceu no jogo, mas deixamos claro que temos capacidade de jogar de igual para igual contra qualquer adversário. Poderíamos ter saído com o empate se a árbitra marcasse o pênalti claríssimo, mas não podemos lamentar, porque é parte do jogo", analisou.
Marta fez a sua estreia neste Mundial nesta quinta-feira, pois não atuou no primeiro jogo do Brasil, no domingo, contra a Jamaica, por ainda estar se recuperando de lesão muscular na coxa. E ela acabou precisando ser substituída após o primeiro tempo do duelo com a Austrália e não teve como cobrar, dentro de campo, que a arbitragem usasse o VAR para assinalar o pênalti cometido sobre Andressa.
"A Andressa, muito focada e sem querer perder tempo, deixou passar (o lance), mas isso não pode acontecer, porque, se tem a tecnologia, tem de favorecer pras duas equipes, e prejudicou a gente hoje", lamentou.
Marta, porém, destacou que agora é "inútil lamentar o resultado" e lembrou que o Brasil precisa começar a projetar o duelo decisivo contra as italianas na terça-feira (18). "Ainda estamos lutando pelo nossa classificação e devemos nos concentrar nisso", alertou.