Marina Abramovic: "The Cleaner é, , o título da exposição que foi inaugurada em 2017, na Suécia, e chega ao fim em Belgrado, após passar por Dinamarca, Noruega, Alemanha, Polônia e Itália (Srdjan Stevanovic/Getty Images)
EFE
Publicado em 21 de setembro de 2019 às 11h06.
Belgrado - A artista performática Marina Abramovic volta a Belgrado, na Sérvia, cidade em que nasceu, a partir deste sábado, para apresentar suas obras pela primeira vez desde 1975, em exposição que vai até o dia 20 de janeiro do ano que vem.
No Museu de Arte Contemporânea local, serão exibidas mais de 120 pinturas, desenhos, objetos, fotografias, documentos de áudio e vídeo, além de vídeos, que contam um pouco dos mais de 50 anos de carreira da artista.
Abramovic inaugurou neste sábado a mostra, com uma entrevista coletiva marcada para às 6h23 local, porque, segundo ela, o amanhecer representa um momento de limpeza.
"The Cleaner" (O Limpador) é, justamente, o título da exposição que foi inaugurada em 2017, na Suécia, e chega ao fim em Belgrado, após passar por Dinamarca, Noruega, Alemanha, Polônia e Itália.
"O título é uma metáfora da limpeza do passado, da consciência, uma limpeza espiritual e mental das obras, para mostrar ao público o seu valor", explicou Abramovic.
A artista sérvia admitiu não gostar do conceito de retrospectiva, com que a exposição está sendo tratada, porque entende sugerir a morte ou a aposentadoria, que segundo ela, não é o caso.
A exposição segue de forma cronológica as fases da carreira de Abramovic, desde as pinturas (1960-1969), passando pelos trabalhos de performance (1970-1975), pelo trabalho em conjunto com o artista alemão Ulay (1976-1988) e a pela carreira individual (1991-2017).
Estão incluídas as obras mais famosas da artista, como a série "Rhythm", também "Lips of Thomas", "Balkan Baroque" e "The Artist is Present", essa última realizada em 2010, no Museu de Arte Moderna de Nova York, nos Estados Unidos, em que ficou sentada imóvel em uma cadeira por 700 horas, durante três meses.
Para receber Abramovic, o Museu de Arte Contemporânea de Belgrado passou por um longo processo de adaptação e ficou fechado a partir de julho deste ano, para que os cinco andares pudessem receber as obras da artista local.