Casual

Mariana Silva faz grande campanha, mas fica sem medalha

A paulista de 26 anos, que não fazia parte das favoritas da categoria, fez uma belíssima campanha, chegando às semifinais, e foi ovacionada pelo público


	Mariana Silva (à direita): a paulista de 26 anos, que não fazia parte das favoritas da categoria, fez uma belíssima campanha, chegando às semifinais, e foi ovacionada pelo público
 (Kai Pfaffenbach/Reuters)

Mariana Silva (à direita): a paulista de 26 anos, que não fazia parte das favoritas da categoria, fez uma belíssima campanha, chegando às semifinais, e foi ovacionada pelo público (Kai Pfaffenbach/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de agosto de 2016 às 19h17.

Depois do ouro de Rafaela Silva, a judoca brasileira Mariana Silva passou perto de conquistar uma medalha nos Jogos do Rio, mas acabou ficando fora do pódio ao perder a disputa pelo bronze para a holandesa Anicka van Emden.

A paulista de 26 anos, que não fazia parte das favoritas da categoria até 63kg, fez uma belíssima campanha, chegando às semifinais, e foi merecidamente ovacionada pelo público.

A holandesa já havia conquistado duas medalhas de bronze em Mundiais, em Paris-2011, e no Rio, em 2013.

Mariana foi valente, tentou tomar iniciativa o tempo todo, mas foi surpreendida faltando 1 minutos e 40 para o fim e tomou um yuko.

Empurrada pela torcida, a brasileira foi para o tudo ou nada, mostrando muita garra, mas o máximo que conseguiu foi fazer com que a adversária leve um shido por falta de combatividade.

Na semi, Mariana perdeu para a eslovena Tina Trstnjak, atual campeã mundial, que acabou conquistando o ouro, ao derrotar na final a francesa Clarisse Agbegnenou.

Por ironia do destino, a israelense Yarden Gerbi, derrotada pela brasileira nas quartas de final, acabou levando a outra medalha de bronze, ao superar a japonesa Miku Tashiro.

Neste quarto dia de disputa do judô na Cidade Maravilhosa, poucos acreditavam que a bela morena de Peruíbe fosse chegar tão longe.

Havia muito mais expectativa em torno do carioca Victor Penalber, único medalhista brasileiro no Mundial de Astana-2015, que acabou sendo derrotada nas oitavas de final por Sergiu Toma, dos Emirados Árabes Unidos.

Enquanto isso, Mariana vinha trilhando seu caminho. Mesmo sem contar com grandes resultados até então em grande campeonatos - o melhor foi um bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 - ela foi crescendo nesse ciclo olímpico, com judô cada vez mais consistente.

Vitória sobre a campeã mundial

Nessa campanha olímpica, a estreia foi bem tranquila: bastou um minuto de luta para despachar a ganesa, com uma chave de perna.

O desafio foi muito maior nas oitavas de final, diante da a alemã de origem polonesa Martyna Trajdos, atual campeã europeia.

O combate foi truncado, com nenhuma das duas atletas conseguindo acertar na pegada.

O que fez a diferença foram as penalidades, e brasileira levou a melhor, por levar apenas uma, contra três da adversária.

Nas quartas, Mariana ignorou o favoritismo da israelense Gerbi, campeã mundial no Rio, em 2013, e medalhista de prata em Chelyabinsk-2014.

O combate foi intenso e disputadíssimo, sem que nenhuma judoca conseguisse fazer a diferença no tempo regulamentar.

A decisão ficou para o 'Golden Score', e a torcida levou um grande susto quando Mariana foi derrubada e caiu de costas, mas não houve pontuação porque o árbitro considerou que a brasileira tinha bloqueado o ataque da israelense antes da queda.

Aliviada, a brasileira partiu para cima e foi premiada com um yuko que levou ao delírio o público da Arena Carioca 2.

Na semifinal, contra a futura campeã, Mariana não conseguiu se impor contra a eslovena, que marcou um yuko com pouco mais de um minuto de luta.

Ela até tentou partir para cima para reverter o quadro, mas precisou abrir o jogo e abriu brecha para a adversária, que acabou conseguindo a imobilização.

Depois dessa derrota, era preciso superar a decepção para lutar pelo bronze, mas o yuko fatal da holandesa acabou com o sonho de medalha de Mariana, que saiu do tatame chorando copiosamente, ciente de que perdeu uma grande oportunidade de escrever seu nome na história do judô brasileiro.

Matéria atualizada às 19h17

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEsportesJudôMetrópoles globaisOlimpíada 2016OlimpíadasRio de Janeiro

Mais de Casual

Vinícola chilena que iniciou projeto visionário 100% orgânico em 1998 é hoje a maior do mundo

Megane E-Tech: elétrico da Renault é eleito o carro mais bonito entre R$ 150 mil e R$ 300 mil

Os 5 melhores filmes e séries para maratonar no fim de semana

5 perguntas essenciais para evitar problemas ao reservar acomodações online