A 43ª maratona de Nova York será realizada neste domingo, apesar dos estragos causados pela supertempestade Sandy, que deixou 40 mortos na cidade, na qual meio milhão de pessoas ainda estavam sem luz nesta quinta-feira.

Mais de 45.000 corredores do mundo inteiro vão participar da prova. Entre os atletas de ponta, o brasileiro Marilson Gomes dos Santos, em busca do tricampeonato após ter vencido as edições de 2006 e 2008.

Os favoritos são os quenianos Wilson Kipsang, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres em agosto, e Moses Motop, vencedor da maratona de Chicago em 2011, além do etíope Gebre Gebremariam, campeão em Nova York em 2010.

No feminino, a queniana Edna Kiplagat, atual campeã mundial, e a etíope Tiki Gelana, campeã olímpica, além da russa Tatyana Arkhipova, medalhista de bronze em Londres.

De acordo com o New York Road Runners (NYRR), clube que organiza a maratona mais famosa do mundo, não houve aumento das desistências de última hora apesar da super-tempestade.

Os organizadores da corrida e o prefeito Michael Bloomberg fizeram do mantimento da corrida uma questão de honra, símbolo da recuperação da cidade.

Bloomberg fez questão de salientar que Nova York precisa dos 300 milhões de dólares que segundo ele a maratona traz à economia local.

O NYRR informou que pretende contratar empresas privadas para substituir os funcionários municipais que normalmente garantem a segurança e o atendimento médico no evento, mas que nesta semana estão ocupados com a recuperação dos estragos de Sandy.

"Esta maratona representa o espírito da nossa cidade, sua vitalidade, sua tenacidade a determinação dos nova-iorquinos, afirmou Mary Wittenberg, presidente do NYRR.

Os organizadores também tiveram que modificar o transporte até a linha de largada em Fort Wadsworth, já que o serviço da barca que costuma levar a metade dos participantes de Manhattan até Staten Island não será restabelecido até domingo.

Uma primeira leva de corredores vai ter que pegar um ônibus às 4h30 da manhã.

Com a reabertura parcial dos aeroportos e das linhas de metrô, a cidade está começando a voltar ao normal, apesar de mais de 650.000 pessoas ainda estarem sem luz, sendo que em alguns, a eletricidade só poderá voltar em 10 dias.