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Mais duas atrizes denunciam Weinstein à Justiça por estupro

Acusações das atrizes, que não foram identificadas, somam-se às mais de cem acusações de assédio ou abuso que pesam contra o produtor

Harvey Weinstein: em resposta a todas as denúncias, o produtor afirma que todas as relações foram consensuais (Andrew Kelly/Reuters)

Harvey Weinstein: em resposta a todas as denúncias, o produtor afirma que todas as relações foram consensuais (Andrew Kelly/Reuters)

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AFP

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 09h31.

Duas atrizes não identificadas apresentaram denúncias em Los Angeles contra Harvey Weinstein. Elas afirmam que o produtor de Hollywood abusou sexualmente delas.

Uma das ações é coletiva e foi apresentada nesta quarta-feira (15) em um tribunal federal de Los Angeles por uma atriz identificada apenas como "Jane Doe 1", moradora de Lancaster, Califórnia.

Segundo a acusação, ela participou de um teste com o barão do cinema para "um papel em uma produção da Miramax", a produtora fundada por Harvey e seu irmão, Bob Weinstein, vendida à Disney.

"Durante o teste, Jane Doe 1 foi agredida por Weinstein, ameaçada (...) Ela sofreu angústia emocional e física e danos em sua capacidade de cobrir suas necessidades", afirma o texto.

O escritório Hagens Berman, que moveu a ação em nome coletivo, fez um pedido às vítimas do produtor para se unirem na batalha legal. Harvey Weinstein é acusado por mais de cem mulheres, entre elas estrelas como Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow - denúncias que vão de assédio a estupro.

Weinstein afirma que todas essas relações foram consensuais.

"A todo momento, as demandantes estavam sob pressão e ameaçadas de serem marginalizadas da Weinstein, ou de grandes produtoras de cinema, como a Miramax, se recusassem seus avanços sexuais indesejados, ou se se queixassem de sua conduta", afirma a ação, que pede uma compensação e reparação de danos.

Na terça-feira, outra atriz não identificada deu entrada em uma ação em Los Angeles, na qual acusa Weinstein de estupro e também pede uma compensação e reparação de danos.

No processo, também contra a The Weinstein Company, a mulher diz que se reuniu com o magnata do cinema no Montage Hotel em Beverly Hills no fim de 2015 para discutir um papel no elenco da série Marco Polo, da Netflix.

Contudo, uma vez no quarto, Weinstein disse a ela que desejava se masturbar na sua frente e, como ela disse não, continuou a segurar seu pulso com uma mão e a se masturbar com a outra, de acordo com a demanda.

No ano seguinte, Weinstein teria lhe contactado novamente como se nada tivesse acontecido, dando a impressão de que ela tinha ganhado um papel na série.

Ele lhe convidou para um nova reunião no Montage Hotel para comemorar, à qual ela compareceu, segundo o relato da atriz.

Durante o encontro, ele pediu licença e voltou trajando um roupão de banho, mas quando ela disse que não queria nada sexual, ele lhe arrastou para a cama, onde usou "sua enorme força e peso para forçá-la", de acordo com o processo.

A mulher disse que fugiu do quarto assim que conseguiu se libertar.

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