Madonna na turnê "MDNA": Madonna também gerou polêmica ao pedir abertamente a libertação das três componentes do grupo punk Pussy Riot, na Rússia (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2012 às 13h22.
São Petersburgo - Diante de protestos por parte de grupo conservadores, todos contra o show de Madonna na Rússia, a cantora americana anunciou que distribuirá pulseiras rosas no show que realizará nesta quinta-feira em São Petersburgo para que o público possa expressar seu apoio às minorias sexuais.
"A pulseiras farão parte do espetáculo. Estejam preparados para levantar as mãos em sinal de apoio", afirmou a cantora em seu site oficial. Com esta medida, Madonna desafia as autoridades locais para ressaltar seu respaldo ao coletivo de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais de São Petersburgo, cidade onde existe uma lei contra a "propaganda gay".
O show de hoje, que faz parte da turnê mundial do álbum M.D.N.A., é o segundo de Madonna na Rússia e será realizado em meio a uma onda de protestos de grupos conservadores, que acusam a cantora de fazer propaganda da perversão. Nesta noite, o Sindicato de Cidadãos Russos (SCR) convocou um comício contra o show de Madonna na Praça do Palácio.
O SCR, que se pronuncia contra o "genocídio da moral" e assegura que os estrangeiros não têm direito de impor seus estilos de vida aos russos, considerando que a cantora é uma "arma ideológica do Ocidente".
Madonna também pode ser multada por fazer defender os diretos dos homossexuais durante seu show em São Petersburgo, cujo governo aprovou este ano uma lei que proíbe a "promoção" de atitudes e comportamentos das minorias sexuais.
Na última terça, em sua apresentação em Moscou, Madonna também gerou polêmica ao pedir abertamente a libertação das três componentes do grupo punk Pussy Riot (Masha, Katya, Nadya), que estão presas por causa de um protesto contra o presidente Vladimir Putin, realizado dentro de igreja ortodoxa.
Na ocasião, a cantora chegou a usar o gorro que caracteriza o grupo feminista. Horas antes, Madonna já tinha pedido a Putin que perdoasse e libertasse as integrantes do Pussy Riot, que podem ser condenadas a vários anos de prisão.