Madonna não abre mão de seu reino pop (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2011 às 16h03.
Veneza - Madonna afirmou nesta quinta-feira no 68º Festival Internacional de Cinema de Veneza estar convencida de que não renunciaria ao seu trono de "rainha do pop" nem por um homem, nem por uma mulher.
"Renunciar ao meu trono por um homem ou uma mulher? Acho que poderia ter as duas coisas ou, inclusive, as três", disse Madonna, que apresentou nesta quinta-feira "W.E", seu segundo trabalho como diretora, que não concorre a nenhum prêmio no festival.
A cantora, que chegou à entrevista coletiva em Veneza usando um vestido preto e branco, traz ao cinema a história da americana Wallis Simpson, cujo amor pelo rei Edward VIII o fez abdicar ao trono e a quem coloca como um exemplo de libertação feminina.
Depois de sua estreia como diretora em "Sujos e Sábios" (2008), Madonna foi questionada sobre a influência que seus ex-maridos Sean Penn e Guy Ritchie, ambos diretores de cinema, tiveram em seus filmes.
"Sempre gostei de cinema, desde menina. Sempre quis fazer um filme", disse Madonna, cuja presença em Veneza era uma das mais esperadas depois da do ator George Clooney, que compareceu na quarta-feira.
"Me vejo como alguém que conta histórias. Não vejo diferença entre escrever músicas e fazer filmes", disse.
A cantora, que também atuou em filmes como protagonista, confessou que em algumas ocasiões se sentiu deslocada na Inglaterra, país para o qual se mudou há alguns anos para viver com Guy Ritchie até sua separação.
"Assim que cheguei à Inglaterra me senti como uma forasteira. Agora não me sinto mais assim. Me sinto muito melhor na Inglaterra e acho que (o país) me deu um grande apoio na realização deste filme", disse.
A artista, de 53 anos, comentou ainda sobre o desejo que a maioria das mulheres tem de ser mãe, o qual, segundo ela, Wallis Simpson também tinha e que é um dos temas retratados em "W.E".
"Enquanto mulher, ter filhos é uma parte muito importante de nós. O desejo de ser mãe faz parte de nosso DNA, do que somos. E crescemos achando que temos que agir assim", avaliou Madonna.