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Louvre recupera obra de arte após 40 anos: veja os 5 maiores roubos da história

A polícia francesa anunciou ter encontrado um elmo e uma armadura do século 16 roubados em 1983. As peças do museu mais famoso do mundo estavam com uma família em Bordeaux

Museu do Louvre: um dos roubos mais surpreendentes foi o da obra "Monalisa", em 1911.  (Martin BUREAU/Getty Images)

Museu do Louvre: um dos roubos mais surpreendentes foi o da obra "Monalisa", em 1911. (Martin BUREAU/Getty Images)

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Matheus Doliveira

Publicado em 4 de março de 2021 às 12h54.

Um mistério de 40 anos foi solucionado esta semana pela polícia francesa. Um elmo (capacete de metal) e parte de uma armadura datados do século 16, com acabamentos em ouro e prata, foram recuperados décadas depois de serem roubados do museu mais famoso do mundo, o Louvre, em Paris, no ano de 1983. 

Até hoje, as circunstâncias do sumiço das peças que chegaram ao Louvre em 1922, doados pela família de banqueiros Rothschild, permanecem nebulosas. As autoridades do país só conseguiram localizar os objetos porque um especialista em antiguidades estranhou a procedência dos artefatos e alertou um escritório francês que combate o tráfico de bens culturais.

Arte: mais do que dinheiro, as peças resgatadas têm grande apreço histórico. (THOMAS SAMSON/AFP)

A polícia recorreu a um banco de dados com registros de mais de 100.000 obras de artes desaparecidas para concluir que a denúncia era real e que os objetos eram os mesmos tirados do Louvre.

Não foi preciso ir longe para resgatar o elmo e a armadura: eles estavam juntos, em bom estado de conservação e em posse de uma família em Bordeaux, sudoeste da França. A polícia ainda investiga como as peças foram parar no acervo da família. “São armas de prestígio, feitas com virtuosismo, meio que o equivalente a um carro de luxo hoje. No século 16, as armas se tornaram obras de arte muito luxuosas. A armadura se tornou um ornamento que não tinha nada a ver com seu uso ”, disse Philippe Malgouyres, chefe de obras de arte do patrimônio do Louvre, ao The Guardian.

Roubos de obras de arte e de objetos raros instigam curiosidade há séculos, o que já foi retratado diversas vezes no cinema, séries e livros. Relembre 5 casos que ficaram marcados na história:

1. O roubo da "Mona lisa"

O quadro mais conhecido do planeta está no Museu do Louvre desde 1797. Além de seu valor artístico e histórico inestimável, a tela que Leonardo da Vinci pintou em meados de 1503 já passou pelas mãos de algumas das pessoas mais importantes do mundo na época: foi, por anos, o xodó da monarquia francesa, e decorou até mesmo o quarto de Napoleão Bonaparte. No dia 20 de agosto de 1911, os franceses acordaram chocados com a notícia de que a pintura havia sido roubada. Até mesmo o artista Pablo Picasso e o poeta Guillaume Apollinaire viraram suspeitos, mas em 1913, foi descoberto que quem de fato roubou a obra foi o italiano Vincenzo Perugia, um funcionário do Louvre que simplesmente tirou o quadro do museu escondendo-o em seu casaco.

2. Um homem, cinco telas

Se em 1911 Pablo Picasso virou suspeito de ter levado a "Mona Lisa" para casa, em 2010, uma obra que ele mesmo pintou foi surrupiada do Museu de Arte Moderna de Paris. O mais emblemático do caso é que não uma, mas cinco telas foram roubadas de uma vez só, e por um único homem. Do dia para a noite, o ladrão aproveitou uma falha do sistema de alarmes do museu e passou a mão em pinturas de Picasso, Henri Matisse, Georges Braque, Amedeo Modigliani e Fernand Leger.

3. Um mistério de 25 anos

Foram exatos 25 anos até o FBI descobrir a identidade da dupla que protagonizou um dos maiores crimes contra propriedade da história dos Estados Unidos. Em 1990, 13 telas que juntas valiam cerca de 500 milhões de dólares, entre elas, "Tempestade no mar da Galileia", de Rembrandt, e "O concerto", de Vermeer, foram roubadas por dois homens que fingiram ser policiais. Só em 2015 as autoridades locais disseram ter localizado os suspeitos, que, no entanto, já estavam mortos e não tiveram a identidade revelada.

4. O desaparecimento de um Stradivarius 

Foi também em 2015, mais de 3 décadas após o crime, que a polícia federal americana conseguiu localizar e recuperar um violino Stradivarius fabricado pelo próprio Antonio Stradivarius e roubado em 1980. O dono do raríssimo instrumento era o violinista Roman Totenberg, que morreu antes de recuperar seu bem, entregue à sua família. Para se ter uma ideia do valor da peça, em 2011, um modelo idêntico foi leiloado por mais de 15 milhões de dólares. 

5. Um roubo natalino

Nem mesmo uma das últimas obras pintadas por Caravaggio escapou dos contrabandistas. Pintada em 1609, um ano antes da morte do pintor italiano, a tela que mostra o nascimento de Jesus rodeado pela sagrada família, "atividade com São Francisco e São Lourenço", foi roubada de uma igreja italiana em 1969. A obra com mais de 2 metros de altura e largura foi perfeitamente removida da moldura, sem danos. Até hoje, o paradeiro continua desconhecido.

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