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Louvre esmiúça últimos anos da obra de Rafael Sanzio

Protótipo de artista universal, Rafael teve entre outras grandes qualidades uma "fascinante personalidade" e a capacidade de se rodear de gente de grande talento

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 21h52.

Paris - O Museu do Louvre inaugurou nesta terça-feira a exposição "Raphael. Les Dernières Années", fruto de uma intensa colaboração com o Museu do Prado, onde essa mesma mostra foi acompanhada por mais de 250 mil pessoas no último mês de setembro.

Recém-chegada ao museu madrilenho, a exposição que agora ocupa o Louvre é considerada um evento excepcional, já que é a primeira que explora os sete últimos anos criativos de Rafael Sanzio (1483-1520), que, segundo o historiador Giorgio Vasari, teria morrido aos 37 anos por conta de um "excesso de prazer amoroso".

No entanto, segundo Vincent Delieuvin, um especialista do Louvre, a morte do artista italiano estaria relacionada à enorme carga de trabalho. Isso porque, o mestre de Urbino já trabalhava há cinco anos em Roma, onde inicialmente decorava os quartos do Palácio Vaticano.

Em 1513, quando o papa Leão X sucede Júlio II, o grande retratista passa a dirigir uma imponente oficina, a qual era capaz de suportar as inúmeras encomendas de frescos monumentais, quadros de temas piedosos e peças de tapeçaria para a Capela Sistina, sendo que três delas estão em Paris.

Protótipo de artista universal, Rafael teve entre outras grandes qualidades uma "fascinante personalidade" e a capacidade de se rodear de gente de grande talento, como Luca Penni e Giulio Romano, cujas obras também são exploradas na exposição.

Apesar das mostras do Prado e do Louvre terem diferenças - Paris poderá ver a célebre "La Donna Velata", a mulher que Rafael amou até sua morte -, o trabalho dos dois museus permitiu a reunião de todos os quadros que possuem problemas de autoria, o que permite que o visitante compreenda melhor o estilo de Rafael e descubra onde ele interveio mais nos quadros.

Delieuvin, conservador de pintura italiana do século XVI no Louvre, é o coordenador cientista desta mostra (em Paris), que conta com curadoria dos britânicos Paul Joannides e Tom Henry.

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