Casual

Los Angeles apresenta mostra sobre Stanley Kubrick

Mais que acompanhar uma organização cronológica, quem visita o LACMA percorre a trajetória emocional do diretor e descobre a história por trás de dezenas de objetos


	Cena do filme Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick
 (Divulgação)

Cena do filme Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 09h16.

Los Angeles - Há certas coisas que só os mais cinéfilos entendem o fascínio. Deparar-se com o monolito de 2001 - Uma Odisseia no Espaço e se emocionar é uma delas. Parte integrante da mostra Stanley Kubrick, em cartaz até janeiro no LACMA (Museu da Cidade de Los Angeles), o monolito é um dos pontos altos do percurso que refaz, em cerca de mil objetos, a trajetória de um dos mais geniais diretores de todos os tempos, Stanley Kubrick.

A bem da verdade, o monolito em exibição no LACMA não é o mesmo filmado no longa de 1968, mas sim uma das peças do artista plástico John McCracken. Não é por acaso que sua obra inspirou Kubrick (1928-1999), que criou o monolito pensando exatamente (emprestando as palavras do artista ) "neste objeto físico que aparenta ser não físico, alucinatório, holográfico".

Assim como McCracken, o diretor americano queria criar para 2001 "algo que sugerisse a coexistência de mais de uma dimensão do mundo, que existisse materialmente em nosso mundo, mas que fosse imaginário em outra dimensão, em que o imaginário fosse também real".

Foi assim que a obra foi parar em um dos maiores clássicos do cinema. E intrigou gerações por sua enigmática presença. E intriga ainda hoje. Principalmente a quem tem a oportunidade de visitar a Stanley Kubrick. Aberta até meados de 2013, a mostra traz esse e outros tesouros que fazem parte da história da filmografia do diretor inglês.


Está (quase) tudo lá. Das fotos que o jovem Kubrick realizou em início de carreira para a revista Look aos roteiros rabiscados de Nascido para Matar, Lolita e o rico figurino de Barry Lyndon, passando pelas máscaras usadas em De Olhos Bem Fechados.

Mais que acompanhar uma organização cronológica de objetos, quem visita o LACMA percorre a trajetória emocional de Kubrick e descobre a história por trás de dezenas de pequenos-grandes objetos que ele guardou em caixas por décadas.

Para o idealizador da mostra em Los Angeles, Terry Semel, ainda que a exibição dos objetos fosse impossível se o diretor estivesse vivo, por seu caráter extremamente pessoal, "não foi à toa que Kubrick guardou tudo isso". Semel, ex-executivo da Warner Bros. e atual codiretor do conselho administrativo do LACMA, também doou vários objetos de seu acervo pessoal para a exposição.

Não por acaso ele conheceu muito bem o gênio de Kubrick, uma vez que a Warner esteve com o diretor por quase trinta anos. A parceria começou com Laranja Mecânica, em 1971, e só terminou em 1999, com De Olhos Bem Fechados, lançado quatro meses após a morte do diretor. 

Acompanhe tudo sobre:ArteCinemaEntretenimentoFicção científicaFilmesMuseus

Mais de Casual

5 perguntas essenciais para evitar problemas ao reservar acomodações online

Casio lança anel-relógio em comemoração aos 50 anos do 1º modelo digital

Prédio residencial para aluguel oferece mais de 30 áreas de lazer, incluindo cinema e até karaokê

Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank abrem as portas do rancho para hospedagem no Airbnb